quarta-feira, 4 de junho de 2014

BUBO NA TCHUTO ADMITIU CONSPIRAR PARA A INTRODUÇÃO DE COCAÍNA NOS EUA


Contra-almirante José Américo Bubo Na Tchutu
Fonte: gbissau.com
Washington (GBissau, 4 de Junho de 2014) – O ex-chefe de estado-maior da marinha guineense, José Américo Bubo Na Tchuto, assumiu-se culpado de conspirar para a introdução cocaína nos Estados Unidos, através das redes de narcotráfico sul-americanas que operam na África Ocidental.
Esta era pois uma das acusações que impendiam sobre aquele “barão da cocaína” guineense e pela qual incorria a condenação a pena de prisão perpetua.
Por Nelson Herbert, em Washington
Entretanto antecipando o julgamento do caso que deveria ter tido inicio na última segunda-feira num tribunal em Nova Iorque, a representação legal daquela alta patente das Forças Armadas guineenses (e na sequência de audiências ocorridas em Maio último) entendeu jogar a “toalha ao tapete”, abandonando por conseguinte a estratégia inicial de defesa , optando pela colaboração de Bubo Na Tchuto com as autoridades judiciarias norte-americanas, dando por conseguinte encerrado o caso .

JOSÉ AMÉRICO BUBO NA TCHUTO
JOSÉ AMÉRICO BUBO NA TCHUTO
O “Guilty Plea” ou a Confissão de Culpa é um “expediente” comum no sistema judiciário norte-americano. Frequentemente, os chamados “barões de droga” optam pela Confissão de Culpa sob o emaranhado e implacável “tentáculo” da justiça americana (Ver caso Jesus Eduardo Valencia Arbelaez) , e que normalmente resulta na atenuação das penas.
Entretanto, tanto Sabrina Shroff , a advogada de defesa de Na Tchuto (por mim contactada a propósito) como o procurador da justiça de Nova Iorque , Preet Bharara assim como a própria Agência Americana de Combate a Droga (DEA) declinaram comentar à imprensa os contornos do caso Bubo Na Tchuto…e a eventual implicação da “saída” encontrada, na pena a aplicar ao “barão da droga” guineense.
Recorde-se que Papis Djeme e Tchamy Yala declararam-se recentemente perante o tribunal do distrito sul de Nova Iorque, culpados de conspiração para a introdução de cocaína sul-americana nos Estados Unidos. Ambos eram antigos colaboradores do ex-chefe de Estado-Maior da Marinha da Guiné-Bissau, Bubo Na Tchuto,
O acordo judicial e o seu consequente “encerramento” ocorre precisamente um anos depois da detenção de Bubo Na Tchuto na costa da Guiné-Bissau e na sequência de uma mega operação encoberta montada pela Agência de Combate à Droga dos Estados Unidos (DEA).