Um milhão e meio de mauritanos são chamados às urnas hoje para escolher o futuro Presidente da República Islâmica, existindo poucas dúvidas acerca da reeleição de Mohamed Ould Abdel Aziz, que conta com quatro adversários.
Nestas presidenciais boicotas pela maioria da oposição, a principal incógnita é sobre a taxa de participação.
O favorito e Presidente cessante, Mohamed Ould Abdel Aziz, é um antigo general que chegou ao poder através de um golpe de Estado em agosto de 2008 e que foi eleito para um primeiro mandato em 2009.
A oposição radical critica o caráter "ditatorial" do seu regime, mas o Presidente Aziz alega que desde que chegou ao poder a Mauritânia deu "passos de gigante", tendo registado uma taxa de crescimento de seis por cento em 2013, depois de terem sido afastados do país os grupos radicais islâmicos ligados à al-Qaida.
Dois líderes de partidos da oposição moderada, Boidiel Ould Houmeid e Ibrahima Moctar Sarr, um militante contra a escravatura num país em que ela ainda existe apesar de proibida há 30 anos, Biram Ould Dah Ould, e a segunda mulher a concorrer à chefia do Estado na história do país, Lalla Mariem Mint Moulaye Idriss, são os restantes candidatos.
Vasto país desértico com 3,8 milhões de habitantes, a Mauritânia é rica em ferro, o peixe abunda nas suas águas e explora petróleo desde 2006, sendo a taxa de inflação inferior a cinco por cento.
Situado entre a costa oeste de África e o deserto do Saara, o país é vista pelos líderes ocidentais como estrategicamente importante na luta contra o terrorismo, também no Mali e na região do Sahel.
As eleições são fiscalizadas por várias missões de observadores internacionais, entre as quais a da União Africana, organização à qual a Mauritânia preside até 2015.
A segunda volta está prevista para 05 de julho se nenhum dos candidatos obtiver 50 por cento dos votos, o que os analistas consideram improvável. Fonte: Aqui