sexta-feira, 13 de junho de 2014

PARTIDO DE EX-PRESIDENTE IVOIRIENSE CONTRARIADO POR DECISÃO DE TPI DE ACUSAR SEU LÍDER

Abidjan, Côte d’Ivoire (PANA) – O porta-voz da Frente Popular Ivoiriense (FPI, oposição), Laurent Akon,  exprimiu “a surpresa e a amargura” da sua formação política, devido à decisão do Tribunal Penal Internacional ( TPI) de confirmar as acusações de crimes contra a humanidade contra o seu mentor, Laurent Gbagbo(na foto).

Para Akoun, esta decisão, tomada com uma opinião dissidente, «não contribui para a reconciliação nacional».

A FPI indica adotar a sua posição após uma reunião das suas instâncias a realizar-se nos próximos dias sobre a análise aprofundada das motivações da decisão do TPI.

«Esta quinta-feira 12 de junho é um dia triste para a Côte d’Ivoire e para os democratas de África e do mundo», afirma Akoun.

A Câmara Preliminar I do TPI confirmou quinta-feira as acusações de homicídios, violações sexuais, atos desumanos ou tentativas de crime e perseguição contra Gbagbo e decidiu atribuir  o julgamento deste último a uma câmara de primeira instância da sua jurisdição.

Gbagbo foi entregue ao TPI a 30 de novembro de 2011 pelas atuais autoridades ivoirienses, lembre-se. Fonte: Aqui

Leia também: Governo ivoiriense toma nota de acusações do TPI contra ex-Presidente ivoiriense Gbagbo

O Governo ivoiriense indica tomar nota da decisão do Tribunal Penal Internacional (TPI) de confirmar as acusações de crimes contra a humanidade e de instruir um processo judicial contra o ex-Presidente ivoiriense, Laurent Gbabgo, indica um comunicado divulgado esta sexta-feira em Abidjan pelo porta-voz do Estado, Bruno Nabagné.

O Governo ivoiriense afirma igualmente o seu envolvimento no respeito do direito das vítimas e na luta contra a impunidade.

A Câmara Preliminar 1 do TPI confirmou quinta-feira quatro acusações de crimes contra a humanidade contra Gbagbo, durante atos de violência que marcaram o período pós-eleitoral de dezembro de 2010 a abril de 2011.

No quadro destas acusações, o ex-chefe de Estado ivoiriense, Laurent Gbagbo, está detido, desde 30 de novembro de 2011, em Haia (Países Baixos), onde fica a sede do TPI.