Fugir da Líbia – era o que tentavam fazer centenas de pessoas, sobretudo trabalhadores egípcios, rumo à Tunísia, através do posto fronteiriço de Ras Jedir. Quando alguns dos refugiados forçaram a passagem, o caos instalou-se. A polícia tunisina disparou vários tiros para o ar e lançou gás lacrimogéneo para tentar dispersar a multidão. Na passada quinta-feira, dois egípcios foram abatidos num episódio idêntico. Há cerca de seis mil pessoas bloqueadas neste ponto da fronteira, sendo que a Tunísia receia a chegada maciça e descontrolada de refugiados.
Esta é uma das situações vividas por aqueles que querem abandonar rapidamente o território líbio, após a
eclosão da violência, há mais de duas semanas, entre milícias rivais que disputam o poder. Os combates em Trípoli e Benghazi já fizeram mais de 200 mortos. Na capital, que se encontra praticamente paralisada, o conflito centra-se maioritariamente na zona em torno do aeroporto internacional.
A Grécia enviou uma fragata para trazer de volta os funcionários da Embaixada e ainda cidadãos chineses, a pedido de Pequim. Vários países já evacuaram as missões diplomáticas, como a Espanha, a França ou a Suíça, mas as representações do Reino Unido e de Itália mantêm as portas abertas. euronews
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