terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

UMA FRUTA QUE NÃO CAIU! – VII


Martinho Júnior, Luanda (textos anteriores)
 
20 – A prova maior para o povo e a Revolução Cubana em seu percurso histórico de socialismo e dignidade, veio a ocorrer entre 1991 e 1998: a todo o tipo de agressões a que vinha sendo sujeita, acresceu que Cuba viu-se privada de seus aliados socialistas com a implosão da União Soviética e o fim da Europa Socialista a leste, o que a obrigou a um período especial em situação de paz.
 
Em 1991 ocorre o colapso da URSS e por extensão do CAME, facto que foi logo aproveitado pelos Estados Unidos para incrementar as medidas de bloqueio, conjugando a medidas de inteligência, ingerência e manipulação efectiva de carácter contra-revolucionário, uma vez que a sustentabilidade económica, de acordo com a sua avaliação, estava posta em causa desde o início desse período especial.
 
Em 1992, com a intensidade do bloqueio já no auge, os Estados Unidos implementam a Lei Torricelli, a “Lei para a Democracia em Cuba”, que permitia refinar impactos por vias apropriadas para dentro da sociedade cubana em múltiplas e abrangentes direcções, entre elas nos ambientes intelectuais mais cosmopolitas ligados às universidades, às artes, às ciências e à cultura…
 
A Lei Torricelli foi (e é) um produto Democrata que foi lançado pela administração do presidente William Clinton, continuada pelo Republicano George W. Bush e reaproveitada com bastante afã por parte do Democrata Barack Hussein Obama.
 
Cuba tornou-se assim num “laboratório”, onde os serviços de inteligência norte americanos experimentavam todo o tipo de teorias, ementas e acções com vista a provocar alterações profundas, de sua exclusiva conveniência, no ambiente sócio-político nacional, motivados com similares experiências que haviam produzido com êxito no leste da Europa e posteriormente noutras partes do mundo. Leia o artigo completo