quarta-feira, 7 de outubro de 2015

GUINÉ-BISSAU: PRS REFUTA RESPONSABILIDADES EM CRISE POLÍTICA

O PRS reage as declarações infelizes e caluniosas de DSP.

O Partido da Renovação Social (PRS), segunda maior força politica no Parlamento da Guiné-Bissau, refutou responsabilidades na falta de entendimento com o PAIGC para formação de um novo Governo, referiu o porta-voz do PRS.
 
O PRS "esperava do PAIGC um 'obrigado'", após um ano em que o grupo parlamentar apoiou todas as iniciativas do Governo, referiu o porta-voz, Vítor Pereira(na foto).
 
Em vez disso, recebeu uma proposta que o partido considerou inadequada.
 
Caso houvesse acordo, o PRS manteria as pastas que já detinha no anterior Governo: três ministérios - da Energia, Comércio e Função Pública - e duas secretarias de Estado - Gestão Hospitalar e Segurança Alimentar.
 
Receberia mais duas áreas, mas sem saber quais, explica Vítor Pereira, que critica a situação - e nega que tivessem sido oferecidas oito pastas ao PRS.
 
Por outro lado, as matérias que já geria na governação anterior têm "competências esvaziadas" na nova orgânica, acrescentou.
 
O porta-voz do partido acusa ainda o PAIGC de ter condicionado a indicação de nomes do PRS para o novo Executivo.
 
Em troca, o partido maioritário pedia "um apoio integral" na governação e no Parlamento, sublinhou Vítor Pereira, que concluiu dizendo que o PRS não podia aceitar "um vexame".
Num encontro, na terça-feira, com os diplomatas internacionais, o ex-primeiro-ministro e líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira, afirmou que o seu partido tinha feito tudo para haver acordos, mas mesmo assim não foi possível chegar a um entendimento para que o PRS entrasse no novo Governo.
 
As posições entre os dois partidos crisparam-se em setembro quando o PRS assumiu uma posição contrária à da direção do PAIGC e aceitou integrar um Governo liderado por Baciro Dja, primeiro-ministro escolhido pelo Presidente da República e refutado pelo partido de Simões Pereira.
 
O chefe de Estado deu posse à nova equipa no dia 07, mas o Supremo Tribunal de Justiça declarou a nomeação de Baciro Dja inconstitucional no dia 09, devolvendo o assunto aos órgãos do partido maioritário no Parlamento.
 
O PAIGC propôs o veterano Carlos Correia para primeiro-ministro, empossado no dia 17 de setembro, levando o atual processo de formação de Governo, que ainda decorre.
 
A Guiné-Bissau está sem Executivo desde 12 de agosto, dia em que José Mário Vaz demitiu Simões Pereira e a sua equipa. Fonte: Lusa, em Noticias ao minuto