quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

CÔTE D'IVOIRE: ABERTO JULGAMENTO DO ASSASSINATO DO GENERAL ROBERT GUEI

 
Abidjan - Dezanove pessoas, incluindo o general Dogbo Blé, um antigo homem forte do regime de Laurent Gbagbo, e Anselme Séka Yapo, ex-chefe dos guarda-costas de Simone Gbagbo, vão comparecer quinta-feira em Abidjan no tribunal militar por assassinato e cumplicidade de assassinato do general Guei, ex-chefe da junta na Côte d'Ivoire.
 
No total, 24 militares foram acusados de assassinato e cumplicidade na morte do general Robert Guei, a sua família e os seus guarda-costas.
 
"Dezanove estão detidos, três libertos e outros dois em fuga" disse à AFP o procurador militar Ange Kessi.

Apelidado “o papa Natal em farda”  Robert Guei dirigiu a junta militar instalada na Côte d'Ivoire depois do golpe de Estado a 24 de Dezembro de 1999 contra o Presidente Henri Konan Bédié. O general Guei tinha sido derrotado por Laurent Gbagbo na eleição presidencial de Outubro de 2000 e deposto na rua durante a tentativa de se manter.
 
O general Guei, de 61 anos, foi assassinado, assim como a sua esposa, membros da sua família e os seus guarda-costas, a 19 de Setembro de 2002, o dia de um golpe de Estado fracassado contra Gbagbo, que levou à decisão do controlo do norte e do oeste do país pela rebelião das Forças Novas.
 
Guei foi acusado pelo governo de Laurent Gbagbo de estar por trás desses distúrbios. Os partidários de Guei atribuem o plano da morte do seu líder, que o campo de Gbagbo sempre negou.
 
Segundo o procurador militar, o comandante Anselme Séka Yapo, disse que "Séka Séka", ex-chefe dos guarda-costas de Simone Gbagbo, esposa do ex-Chefe de Estado, e o General Dogbo Blé e, ex-comandante da Guarda Republicana, são os principais suspeitos.
Anselme Seka Yapo, o ex-comandante da polícia, foi condenado a 04 de Agosto a 20 anos de prisão por "assassinato" na crise pós-eleitoral de 2010-2011. Fonte: Aqui