O presidente de Assembleia de Povo Unido – Partido Democrático da Guiné-Bissau (APU-PDGB), Nuno Gomes Nabian exigiu no último domingo, 06 de Novembro, a renúncia de José Mário Vaz das funções de Chefe do Estado guineense.
O político justificou a sua posição naquilo que considera de prejuízo social que a atual crise política está a ter na vida dos guineenses. De acordo com o líder da APU-PDGB, a crise foi provocada pelo Chefe de Estado e pelo PAIGC.
“Se José Mário não for capaz de pôr fim ao impasse político deve pôr seu lugar à disposição do povo”, disse o antigo adversário de José Mário Vaz na corrida à Presidência da República.
Nabian considera de inverdade a declaração do Presidente da República que chegou a dizer que durante o seu dois anos de mandato, “não tenha morrido nenhuma pessoa por assassinato político e nem houve espancamento”.
‟No Hospital Simão Mendes morrem diariamente várias pessoas, devido à crise instalada pelo Chefe de Estado”, disse o político.
Nuno Gomes assegurou ainda que é uma ‘vergonha’ a constante vinda de missões estrangeiras para propor solução para o impasse político que se regista no país.
O político, cujo partido não concorreu ainda a nenhuma eleição, voltou a tecer duras críticas ao Partido da Renovação Social (PRS) e ao Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) – “estes dois partidos já provaram aos guineenses de que não podem criar bem-estar, por isso somos alternativa”.
De referir que o comício de APU-PDGB aconteceu um dia depois da vinda de missão da CEDEAO ao país. A missão publicou no final da ronda de reuniões um comunicado, segundo o qual todos os participantes nos encontros reafirmaram o compromisso em respeitar o Acordo de Conacri, assinado em Outubro.
Por: Tiano Badjana