Relatório da OMS coloca três PALOP no pior cenário, junto de países como Serra Leoa, República Centro-Africana ou RD Congo. Cabo Verde entre os melhores.
Angola, Moçambique e Guiné-Bissau estão entre os países onde a esperança de vida para homens e mulheres é inferior a 55 anos, segundo o relatório anual da Organização Mundial de Saúde.
De acordo com as estatísticas, conhecidas esta quinta-feira, Angola tinha, em 2012, uma esperança média de vida, à nascença, de 51 anos, mais oito que em 1990. As mulheres podem viver até aos 52 anos, em média, enquanto os homens não ultrapassam os 50. Moçambique tem uma esperança de vida de 53 anos, um crescimento de 10 anos em relação ao início da década de 1990. Os homens têm uma esperança de 52 anos, menos dois que o sexo feminino. Na Guiné-Bissau, a esperança média de vida é de 54 anos, mais cinco anos que em 1990. As mulheres podem esperar viver até aos 56 anos e os homens até aos 53.
Segundo a OMS, República Centro-Africana, Chade, Costa do Marfim, República Democrática do Congo, Lesoto e Serra Leoa são os restantes países da África subsariana onde a esperança de vida não ultrapassa os 55 anos.
Em relação aos restantes países lusófonos, Brasil e Cabo Verde são os que apresentam a esperança média de vida mais elevada - 74 anos, mais oito anos que em 1990, em ambos os casos. Em São Tomé e Príncipe, a esperança média de vida à nascença é de 67 anos (mais seis que em 1990), enquanto em Timor-Leste é de 66 anos, tendo este país registado um crescimento de 16 anos. Quanto à Guiné Equatorial, cuja entrada na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa deve ser formalizada em julho, a esperança média de vida é de 55 anos (54 para os homens e 57 para as mulheres.
Por outro lado, em 47 países - a maior parte deles desenvolvidos, doenças não transmissíveis e ferimentos são a causa de mais de 90% dos anos de vida perdidos. Mais de cem países estão a transitar rapidamente em direção a uma maior proporção de mortes de doenças não transmissíveis e ferimentos. Quanto às crianças, o relatório da Organização Mundial de Saúde indica que cerca de 44 milhões (6.7%) da população infantil com menos de cinco anos tinham peso acima da média ou eram obesas, em 2012. Destas, dez milhões encontravam-se na região de África, onde os níveis de obesidade infantil "cresceu rapidamente". A maioria das mortes antes dos cinco anos ocorre entre crianças prematuras (17.3%) e a pneumonia é a segunda causa principal de óbitos (15.2%). Entre 1995 e 2012, 56 milhões de pessoas com tuberculose foram tratadas com sucesso e 22 milhões de vidas foram salvas, destaca ainda o relatório da OMS. RTP