terça-feira, 6 de maio de 2014

SETE ASSASSINATOS EM SÃO VICENTE, CABO-VERDE: UM INÍCIO DE ANO NEGRO

No capítulo de homicídios, o ano está a ser negro para São Vicente. A Polícia Judiciária e a Polícia Nacional já contabilizaram sete mortes por homicídio desde o início do ano.
Crimes passionais
Maria Francisca Silva, de 43 anos, foi a primeira vítima ao ser assassinada à facada pelo ex-companheiro na localidade de Monte Sossego. Um crime onde a Polícia Judiciária, aquando da realização da autópsia, frisou que “foi um homicídio violento pois ela não tinha como sobreviver, uma vez que os golpes de faca desferidos pelo autor do crime foram fatais, nomeadamente, os que atingiram o tórax da vítima. Maria teve vários ferimentos que fizeram com que perdesse muito sangue e, assim, entrou em choque hipovolémico, seguido de morte”.
Alcione da Luz
O segundo crime passional foi o de uma jovem de 24 anos, Alcione da Luz, que foi morta em Vila Nova, pelo ex-namorado.
O exame médico foi realizado ao corpo de Alcione da Luz e as autoridades apuraram que o homicídio foi perpetrado com uma faca com cerca de 30 cm. As análises permitiram esclarecer o registo dos ferimentos e apontaram que a vítima tinha três golpes no corpo: “ela tinha um ferimento no braço esquerdo e mais dois golpes nas costas”.
As autoridades médicas e a Polícia Judiciária asseguram que a causa da morte de Alcione foi uma lesão grave nos pulmões, seguida de um choque hipovolémico. As autoridades revelam que a vítima não tinha como sobreviver, pois uma das facadas desferidas pelo autor do crime foi fatal.
Assassinatos por esclarecer :
Chindubo
No mês de Abril, o corpo de um cidadão nigeriano foi encontrado por volta das 5h30min num beco a cerca de 300 m do cyber-café que pertencia ao mesmo. A vítima estava de barriga para o chão e trazia vestido apenas um calção. O resto da roupa de Chindubo foi encontrado debaixo de uma pedra, a 60 metros do local onde estava o corpo. Chindubo era dono de um cyber-café situado na estrada de acesso à localidade de Chã D´Faneco. A autópsia revelou que morreu por asfixia.
Até agora o autor do crime continua a monte.
Mileida Santos
O exame médico foi realizado ao corpo de Mileida Santos de 21 anos e as autoridades apuraram que o homicídio foi perpetrado com uma faca. As análises permitiram esclarecer o registo dos ferimentos e apontaram que a vítima tinha golpes na região torácica e que sofreu politraumatismo torácico resultante das agressões com uma faca.
Pastor
O homicídio ocorreu num terreno baldio situado nas imediações da lixeira de São Vicente. Mas o caso continua a ser um mistério que a PJ procura esclarecer. Manuel dos Santos, pastor de animais do Talho Pimenta & Verduras foi morto com uma arma de fogo. Os indícios recolhidos pela PJ apontam que o pastor foi atingido por tiros de caçadeira ou “boca bedjo”.
Negligência
O Ministério Público registou um caso de homicídio negligente. Amílcar Gomes faleceu vítima de uma paragem cardíaca após sofrer um golpe no pescoço e ficar tetraplégico.
O homem de 39 anos estava num convívio com um grupo de amigos na zona do Lazareto quando se envolveu numa troca de golpes com o autor da sua morte. Hermenegildo Soares, de 34 anos, agarrou os braços da vítima e ao golpeá-la por trás provocou-lhe uma lesão no pescoço que lhe afectou a coluna cervical e vertebral.
Violência
Na noite de 7 de Fevereiro, um cidadão de 60 anos, Pedro Silvestre Faial foi morto numa rua na localidade de Monte. O crime foi praticado por “Rei”, trabalhador do Mercado do Peixe que desfez o rosto da vítima a pontapés. Dada a violência com que o homicídio foi praticado, a vítima ficou com a cara desfigurada e a sua identificação só veio a ser efectuada na Casa Mortuária do Hospital Baptista de Sousa através de uma tatuagem que tinha no braço. E mais tarde, os familiares vieram a confirmar que se tratava de Pedro Silvestre Faial, ex-funcionário do HBS. Fonte: Aqui