domingo, 18 de maio de 2014

TRINTA DESAPARECIDOS DEPOIS DE CONFRONTOS ENTRE REBELDES E EXÉRCITO DO MALI


Cerca de 30 pessoas, civis e militares, estão desaparecidas na sequência de confrontos entre separatistas e o exército do Mali, na zona de Kidal (norte) controlada pelos rebeldes, anunciaram hoje as autoridades.

Os confrontos aconteceram no sábado em frente à sede do governo regional,  numa altura em que o primeiro-ministro, Moussa Mara, visitava Kidal, no  âmbito de uma primeira ida à região rebelde do norte. 
"Cerca de 30 dos nossos funcionários foram dados como desaparecidos  deste ontem. Não sabemos o seu destino. Também não sabemos quantos deles  foram detidos pelos rebeldes", disse a fonte. 
Separatistas tuaregues alvejaram mortalmente um soldado depois de os  dois lados terem trocado tiros durante horas, disseram à AFP membros da  comitiva do primeiro-ministro e fontes militares. 
O exército do Mali não divulgou detalhes sobre as consequências do tiroteio  mas o Movimento Nacional para a Libertação de Azawad (MNLA), um grupo tuaregue  rebelde, disse em comunicado que um dos seus combatentes ficou ferido e  quatro soldados do exército foram mortos. 
O ministro da Defesa do Mali, Soumeylou Boubeye Maiga, não fez comentários  sobre os incidentes mas anunciou na manhã de hoje que Kidal ia ter reforço  de militares. 
"As forças armadas do Mali vão reforçar as suas posições muito rapidamente  em Kidal e nos arredores, para protegerem pessoas e bens", disse, acrescentando:  "Se for necessário duplicaremos as nossas tropas no terreno". 
Kidal, a 1.500 quilómetros a nordeste da capital, Bamaco, foi palco  de protestos contra o Governo por parte de centenas de jovens e mulheres,  que na sexta-feira e no sábado se manifestaram no aeroporto contra a visita  do primeiro-ministro. 
O antecessor do primeiro-ministro, Oumar Tatam Ly, já tinha sido forçado  a cancelar uma visita a Kidal, em novembro último, depois de protestantes  terem ocupado a pista do aeroporto. 
A força das Nações Unidas para o Mali, MINUSMA, condenou em comunicado  os atos de violência, considerando que são contraproducentes e "contra a  vontade do povo do Mali, que aspira à paz e estabilidade duradouras". 
No sábado a MINUSMA tinha dito que 19 dos seus policias e sete manifestantes  ficaram feridos na sequência de confrontos nas manifestações do aeroporto,  embora nenhum com gravidade. 
O primeiro-ministro, que foi nomeado no mês passado, começou a sua visita  ao norte por Tombuctu e dormiu em Kidal, tendo chegado hoje a Gao, a maior  cidade a norte do Mali. Fonte: Aqui