segunda-feira, 9 de junho de 2014

CABO-VERDE, PELO PAGAMENTO DE PROPINAS: AMOR, SEXO OU PROSTITUIÇÃO?

sutiadinheiro
Uma pequena parte de estudantes universitários utiliza um homem mais velho e de outros expedientes relacionados com o sexo para conseguir o financiamento dos estudos. Podemos dizer que são casos raros. Mas existe!
Na investigação que fizemos sobre as dificuldades dos alunos universitários em pagarem as propinas, fomos confrontados com a informação que “existiam estudantes universitários que tinham um homem mais velho, um TITIO, que lhes pagava as propinas”. Na altura eram “bocas” e, como material jornalístico, não tinham valor sem serem transformadas em factos comprovados e comprováveis. E a nossa investigação separa a fantasia dos factos. Fica a faltar a confirmação das visadas pelos factos que recolhemos junto de quem lhes paga as propinas e muito mais. Por isso, vamos preservar o anonimato dessas pessoas e não usar as suas gravações com os “seus financiadores”. Embora sirvam para comprovar os factos que retiramos da investigação.
Fim do mito
De acordo com a nossa investigação, apenas uma pequena parte de estudantes universitários se serve de um homem mais velho e de outros expedientes relacionados com o sexo para conseguir o financiamento dos estudos. Podemos dizer que são casos raros. Mas os seis casos investigados não podem ser generalizados e os factos mostram que a grande maioria não recorre a esses expedientes. E que o problema do financiamento do ensino superior não se resolve com um TITIO ou com sexo.
Mas algumas enveredaram por esse caminho. O primeiro caso que relatamos é o de uma aluna que está a estudar o segundo ano de Direito. Jovem muito bonita, usa a beleza, o corpo e a inteligência. O seu alvo é um homem que está entre os 40 e os 50 anos com boa situação financeira e que seja casado. De acordo com a nossa investigação, este é o perfil do Titio preferido. “O estar casado é importante, pois ela só quer vê-lo de vez em quando. E, normalmente, tem um namorado mais novo”. No caso da estudante de Direito, a sua atitude perante um “Titio” que a tenta conquistar roça a prostituição. O Titio diz que “não me importo. O jogo é claro. Sei que ela tem outro TITIO, só que ela está a ficar muito cara”. Na conversa com o seu “financiador”, a estudante de Direito pede trinta mil escudos para ficar com o Titio. Mas logo ela esclarece que são 30 contos por semana. O Homem faz as contas, mas ela esclarece “não te esqueças que é o nosso sonho de amor, nós não somos amantes”. O senhor x lembra que ela tinha pedido um apartamento e quer saber se der o apartamento se o pagamento se mantém. A futura advogada resolve o problema. Faz um desconto. Com o apartamento só recebe 20 contos por semana. A Jovem fala de amor, sonho de amor. Não assume que o que quer do homem é apenas o dinheiro. Este caso ultrapassa o simples “expediente para pagar a propina”. Roça a prostituição na linha das “macaquinhas”. Só que o homem entra no jogo. Finge e deixa-se seduzir. Sabe o que está em jogo. As regras são claras e vai pagando. Outros preferem pensar que são amados também pelo seu dinheiro. O certo é que a estudante de Direito “safa-se bem e não tem propinas em atraso”.
Não é o caso de S… que estuda na Escola Académica e que confessou a um ex-financiador que deixou de estudar “porque não tinha dinheiro para pagar as propinas e não ia roubar”. Diz que vai perder o ano. No ano passado, os estudos foram pagos pelo homem que agora lhe fala e que terminou com o relacionamento quando soube que S… tinha…. outro financiador. Mas parece que perdeu os dois financiadores. Mas quando o TITIO fala em reatar a relação, a jovem de 19 anos diz que volta para a escola para terminar o 10º ano.
V tenta arranjar a forma de pagar quase 90 contos que diz que deve de propinas. Aborda por telefone um homem mais velho, mas com boa situação financeira. Este diz que faz o empréstimo, mas quer saber como é que a estudante vai pagar essa dívida. Ela fala em pagar em prestações de pouco mais de 2 mil escudos por mês. O homem considera que dessa forma será difícil para ela liquidar a dívida. Mas V não avança com mais conversa pelo telefone. Quer encontrar-se com o homem para resolver o seu problema. Este pergunta se “queres ser a minha escrava sexual”? Ela diz que sim a rir. Ele pergunta se V gosta dele. V responde que sim. Mas a jovem estuda o 1º ano e o “patrocinador” quer saber como é que ela vai pagar os restantes três anos que faltam para terminar o curso. V responde: “Não sei”. Fonte: Aqui

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