quarta-feira, 11 de junho de 2014

CONFLITO: EXÉRCITO MOÇAMBICANO ATACA IGREJA CRISTÃ


CPLP kala boca yem, suma nada ka na passa na moçambique, santchu kunsi pó ku ta fural udju.
só Guiné ku bandidos de CPLP lebsi, ma anôs ku ceta kila. 
Ora ku é kume sardinha i é bibi binho é tchamy, é ta lembra papia mal di Guiné.
O exército moçambicano disparou hoje tiros de granada contra uma igreja cristã, perto de Muxúnguè, centro do país, suspeitando que albergava homens da Renamo que antes tinham atacado uma coluna de veículos, disseram à Lusa diversas fontes locais.

Os disparos foram dirigidos ao fim da tarde contra a igreja a três quilómetros da vila de Muxúnguè, poucos minutos após uma emboscada a uma coluna de veículos, escoltada pelos militares na estrada N1, que liga o sul e o centro de Moçambique, informaram por telefone à Lusa habitantes e viajantes

"A coluna foi atacada quase a entrar na vila (de Muxúnguè) e o exército suspeitou que os atacantes estavam na igreja e começou a bombardear o templo", disse um dos viajantes que integrava a coluna.

Contactado pela Lusa, José Luís, pároco de Múxunguè, confirmou ter escutado cinco ou seis explosões de granadas, enquanto meditava cerca das 17:30 (16:30 em Portugal), e também foi informado por habitantes que o exército estava a atacar uma igreja. Mas não conseguiu precisar se o alvo era um templo católico.

"Existem capelas na zona do ataque, mas não sabemos se a que foi atingida é nossa ou de outra religião cristã", afirmou.
Segundo um dos viajantes, tudo começou quando a coluna foi atacada supostamente por homens armados da Resistência Nacional Moçambicana (Renamo), maior partido da oposição em Moçambique e que se confrontam quase diariamente com as forças governamentais na região, começaram a atirar, "quando pouco se esperava", gerando o pânico.

"A vila ficou deserta em pouco tempo. Agora [cerca das 17:30 locais], os estrondos ouvem-se perto, quase não há ninguém na estrada", descreveu à Lusa Abdul Sulemane, um morador local.
Fonte do Hospital Rural de Muxúnguè assegurou à Lusa não ter registado entrada de feridos.
Este é o terceiro ataque que ocorre quase na zona residencial da vila, uma zona pouco habitual nos confrontos resultantes da tensão político-militar que opõe há um ano o Governo e a Renamo e que já causaram, nos últimos dez dias, pelo menos três militares mortos e 28 feridos, dos quais 13 civis.

Há quase duas semanas, as ofensivas foram intensificadas no troço Save-Muxúnguè, na N1, onde, na movimentação de passageiros e carga, são obrigatórias escoltas militares desde abril do ano passado, quando eclodiram os primeiros confrontos.

A escalada dos ataques ressurgiu na segunda-feira da semana passada, quando a Renamo suspendeu o cessar-fogo unilateral que havia decretado, em resposta ao avanço do exército na serra da Gorongosa, onde se supõe esteja refugiado o seu líder, Afonso Dhlakama. Fonte: Aqui