Londres - O ex-presidente da
Libéria, Charles Taylor, condenado em 2012 a 50 anos de prisão por crimes
contra a humanidade na Serra Leoa e preso na Inglaterra, pediu para ser
transferido para o Rwanda a fim de se juntar à sua família, anunciou nesta
quinta-feira o seu advogado.
Charles Taylor, de 65 anos,
apresentou um pedido ao Tribunal Especial para Serra Leoa (TSSL), na Holanda,
para cumprir a pena no Rwanda, onde "se encontram todos os outros
prisioneiros condenados" pelo TSSL, indicou o advogado, John Jones, ao
canal televisivo BBC.
"O Reino Unido tem o dever
de garantir o direito a uma vida familiar. Não só para ele, mas também para a
sua família. Esta é uma clara obrigação do direito internacional e da direito britânico",
disse.
Charles Taylor, condenado por
crimes contra a humanidade cometidos durante a guerra civil na Serra Leoa
(1991-2002), foi transferido a 15 de Outubro de 2013 da Holanda para a prisão
de Frankland, um centro penitenciário de alta segurança perto de Durham
(nordeste da Inglaterra).
"Há oito meses que está no
Reino Unido, ele não recebeu qualquer visita da esposa e dos seus filhos",
afirmou o seu advogado, acrescentando que os oficiais britânicos da imigração
bloqueiam "as visitas da sua família porque temem que os familiares já não
regressem à Libéria, o que é ridículo". Leia mais