Ramallah, 02 jun (Lusa) – O Presidente palestiniano, Mahmud Abbas, anunciou hoje “o fim da divisão” entre palestinianos, após a posse do novo governo de união nacional na sequência do acordo de reconciliação concluído no final de abril.
“Hoje, com a formação de um governo de união nacional, anunciamos o fim da divisão palestiniana, que prejudicou muito a nossa causa nacional”, declarou Abbas na Mouqataa, a sede da presidência palestiniana em Ramallah (Cisjordânia), após a cerimónia de posse.
O governo, composto por independentes, integra 17 ministros, dos quais cinco de Gaza, e é liderado por Rami Hamdallah.
O presidente da Autoridade Palestiniana, Mahmud Abbas, já indicara que “os ministros não serão membros da Fatah", movimento que dirige, "nem do Hamas", movimento de resistência islâmica.
O Hamas já saudou o novo governo de união de “todos os palestinianos”, declarou à agência noticiosa francesa AFP um porta-voz do movimento islamita.
Israel criticou o acordo de reconciliação entre a Organização para a Libertação da Palestina (OLP) e o Hamas, que considera uma organização terrorista, tal como a União Europeia e os Estados Unidos.
A OLP, dominada pela Fatah, e o Hamas assinaram a 23 de abril este acordo para terminar a divisão política, desde 2007, entre a Cisjordânia, cujas zonas autónomas são administradas pela Autoridade Palestiniana, e a Faixa de Gaza sob bloqueio israelita.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, já criticou hoje o que disse ser a ambiguidade da Europa face ao novo governo.
“O terrorismo islâmico levanta a cabeça na Europa, vimos uma demonstração com o horrível crime cometido no Museu Judaico, em Bruxelas", disse Netanyahu, num comunicado transmitido pela rádio do exército. JH // APN