O
representante das Nações Unidas na Guiné-Bissau, José Ramos-Horta, condecorou
hoje com "diploma de mérito e apreço" as autoridades de transição no
país pelo seu papel durante as eleições gerais de abril e maio deste ano.
Os
responsáveis militares e da polícia que garantiram a segurança durante as
eleições também receberam diplomas de mérito, nomeadamente agentes guineenses e
das Nações Unidas, entre os quais um polícia português.
Naquilo
que diz ser um dos seus últimos atos oficiais enquanto representante do
secretário-geral das Nações Unidas na Guiné-Bissau, Ramos-Horta frisou que a
cerimónia de hoje representou "um agradecimento" àqueles que
contribuíram para o retorno à ordem constitucional no país.
Ramos-Horta
afirma poder dizer ter cumprido a sua missão na Guiné-Bissau "graças à
liderança dos irmãos guineenses", designadamente Serifo Nhamadjo e Rui de
Barros pelo papel que tiveram na organização das eleições.
Destacou
igualmente a "contribuição solidária" de Timor-Leste, da Nigéria e da
Comunidade Económica dos Estados da Africa Ocidental (CEDEAO), mas também
enalteceu o papel desempenhado pela ONU, União Africana, Comunidade de Países
de Língua Portuguesa e outras organizações internacionais.
O
presidente de transição, Serifo Nhamadjo agradeceu o gesto de Ramos-Horta, mas
observou que toda sua ação "era uma obrigação nacionalista" enquanto
guineense que liderou "um governo inconstitucional que trouxe a
constitucionalidade" ao país.
Nhamadjo
destacou também o papel de "bombeiro" desempenhado por Ramos-Horta,
frisando ser determinante para a realização das eleições "que agora todos
elogiam".
O
presidente de transição disse ser meritório o reconhecimento da ONU, lembrando
que nas quatro vezes que a Guiné-Bissau viveu períodos semelhantes, este foi o
único sancionado pela comunidade internacional.
Na
sequência do golpe de Estado militar de abril de 2012, quase toda a comunidade
internacional rejeitou reconhecer legitimidade às autoridades de transição que
geriram o país durante dois anos. Fonte: Aqui
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