O Egito bombardeou na manhã desta segunda-feira posições do Estado Islâmico na Líbia. A informação é avançada pela televisão estatal egípcia, que cita uma fonte militar.
A vingança cumpre-se poucas horas depois da ameaça. Ontem à noite, o Presidente do Egito, Abdel Fattah al-Sissi, prometeu responder «no modo e tempo adequados» ao assassínio de 21 cristãos na Líbia. A vingança está em curso e segundo informações da televisão pública do Egito esta manhã houve bombardeamentos contra posições do Estado Islâmico na Líbia.
A ofensiva surge depois da divulgação de um vídeo, ontem à noite, que mostra 21 cidadãos egípcios que terão sido executados pelo EI. Algumas horas depois da divulgação do vídeo, o Presidente egípcio falou ao país. Numa declaração transmitida pela televisão, avisou que o Egito se reserva «o direito de responder às mortes criminosas».
O Conselho de Defesa Nacional reuniu-se de urgência para estudar a resposta a dar ao Estado Islâmico e o ministro dos Negócios Estrangeiros, Sameh Shukri, viajou imediatamente para Nova Iorque para assegurar as reuniões necessárias na Organização das Nações Unidas e no Conselho de Segurança, de forma a exigir uma reação internacional. O Egito decretou, entretanto, sete dias de luto nacional, e o al-Sissi deu ordens para que sejam proibidas as viagens dos cidadãos nacionais à Líbia.
Os Estados Unidos já condenaram a execução dos 21 cristãos egípcios, considerando o ato, a que chamam «cobarde e desprezível». O porta-voz da Casa Branca Josh Earnest afirmou que «a barbaridade do Estado Islâmico não conhece fronteiras. Não é limitada por fé, seita ou etnia», indicando que o recente massacre «apenas galvaniza ainda mais a comunidade internacional no sentido de se unir contra o Estado Islâmico».
O vídeo divulgado pelo EI
O EI difundiu este domingo um vídeo no qual se mostra a execução por decapitação destes 21 cristãos coptas egípcios, que tinham sido raptados na Líbia.
Nas imagens publicadas em páginas na Internet utilizadas pelo EI, os homens usam vestes cor de laranja, similares àquelas que outros reféns executados por este grupo radical islâmico usavam. Os cristãos coptas egípcios executados aparecem nas imagens alinhados, numa praia em Trípoli, com as mãos algemadas atrás das costas, junto dos raptores, vestidos de negro.
Na última edição da sua revista online, a Dabiq, o EI anunciava ter feito reféns 21 egípcios coptas. No vídeo agora divulgado, intitulado «Uma mensagem assinada com sangue para a nação da cruz», há uma legenda nos primeiros segundos que refere que o vídeo é dirigido às «pessoas da cruz, seguidores da igreja egípcia hostil».
O vídeo surgiu apenas alguns dias depois de outro em que o EI mostra a morte por imolação de um piloto jordano capturado após o seu F-16 ter sido abatido na Síria, em dezembro. As imagens do piloto a ser queimado vivo desencadearam uma contestação global. Fonte: Aqui
Leia também: Presidente egípcio promete vingar cristãos decapitados
Leia também: Presidente egípcio promete vingar cristãos decapitados