Bissau – A ministra da Educação Nacional da Guiné-Bissau denunciou esta segunda-feira, 2 de Fevereiro, que alguns professores guineenses se encontram envolvidos na prática de falsificação de diplomas, com a finalidade de criar alterações no vencimento.
Falando à PNN durante a cerimónia de abertura de semana académica subordinada ao tema: «Ensino Superior e Desenvolvimento», Maria Odete Costa Semedo afirmou ainda que se encontram hoje, no sistema de ensino guineense, alunos a fazerem uso de certificados falsos, professores a falsificarem diplomas para subirem de letras de vencimento, e questionou: «Que classe é esta que estamos a construir. Isto não orgulha nenhum professor», referiu, dizendo ainda que o Ministério tem na posse diplomas falsos que estiveram com professores do sistema guineense.
A titular da pasta da Educação convidou ainda os estudantes guineenses a denunciarem o que classificou como «cabalindadi», ou seja, a prática do mal pela classe, que está a ser praticada pelas instituições privadas do país que dão certificados falsos, acusando de terem alunos ou estudantes que já estão no 2.º e 3.º anos de curso sem que tenham ainda depositado os seus certificados do 12.º ano.
«Será que o fizeram? Demora assim tanto levantar o nosso certificado do 12.º ano? Então, sejam vocês a denunciarem este tipo de ´cabalindadi´.
Denunciem porque não podem estar a usufruir dos mesmos direitos e regalias de quem não se esforçou, de quem não estudou para merecer formar-se numa universidade» desafiou Odete Costa Semedo, dizendo que formar o homem hoje é construir uma nação amanhã.
«Estamos hoje numa comunidade académica com países da UEMOA, onde essas pessoas vão. Vão falar de que ciências senão a dominam. Vão falar de que academias? Porque no fundo, estas pessoas sabem que não pertencem a essa classe. Estão a mentir para vocês mesmos. Estou a dirigir estas palavras àqueles que praticam estes actos e peço desculpa aos sinceros, aos que lutam, aos que batalham para serem homens de amanhã» disse.
Odete Semedo desafiou ainda os responsáveis das instituições universitárias a redimensionar as instituições de formação do país, tendo em conta os novos desafios mundiais. Redimensionar o intercâmbio entre as universidades e o tipo de parceria até aqui desenvolvida, de modo a facilitar a circulação de resultados parciais de pesquisas, produções científicas.
Referindo-se à organização das escolas públicas, a ministra não poupou as críticas: «Não são palavras aplaudidas porque doem. Porque cada um de nós sabe exactamente o que faz. Muitos aqui, já tiraram carteiras das escolas públicas e levaram para escolas privadas, que criaram ou em que participaram na criação. Tomemos o exemplo do nosso patrono, Francisco Mendes, pelo que diz respeito à integridade, ao empenho, ao profissionalismo e amor a pátria. É fácil criticar. É fácil apontar dedo e pedir. O difícil é nós perguntarmos a nós mesmos qual é a nossa responsabilidade, qual é o nosso limite. É difícil. É difícil confessar o próprio pecado.
O director da Escola Normal Superior Tchico Té, Fernando Baial Sambú, apelou à ministra da Educação a encetar contactos para a retoma da cooperação com a Escola Superior de Educação de Viana de Castelo, como forma de elevar o nível dos professores, o que irá contribuir para a concretização das aspirações do país em aderir ao sistema LMD (Licenciatura, Mestrado e Doutoramento) à semelhança de outros países da sub-região.
A Educação e o desenvolvimento, o problema de acesso e financiamento do Ensino Superior e a pesquisa são, entre outros, temas da semana académica que hoje se inicia e termina a 7 de Fevereiro, dia do patrono da Escola Normal Superior Tchico Té.
Estiveram presentes no acto a ministra da Saúde Pública, Valentina Mendes, e Maria Augusta Mendes também conhecida por Tchutcha Mendes, viúva de Tchico Té.
A Escola Normal Superior Tchico Té foi baptizada com o nome de Tchico Té em 1979, um ano depois de Francisco Mendes vulgo Tchico Té, Abdu Djiop Abdurame, nome que adquiriu durante a guerra colonial, primeiro Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, depois da independência da Guiné-Bissau, morrer num acidente de viação.
A titular da pasta da Educação convidou ainda os estudantes guineenses a denunciarem o que classificou como «cabalindadi», ou seja, a prática do mal pela classe, que está a ser praticada pelas instituições privadas do país que dão certificados falsos, acusando de terem alunos ou estudantes que já estão no 2.º e 3.º anos de curso sem que tenham ainda depositado os seus certificados do 12.º ano.
«Será que o fizeram? Demora assim tanto levantar o nosso certificado do 12.º ano? Então, sejam vocês a denunciarem este tipo de ´cabalindadi´.
Denunciem porque não podem estar a usufruir dos mesmos direitos e regalias de quem não se esforçou, de quem não estudou para merecer formar-se numa universidade» desafiou Odete Costa Semedo, dizendo que formar o homem hoje é construir uma nação amanhã.
«Estamos hoje numa comunidade académica com países da UEMOA, onde essas pessoas vão. Vão falar de que ciências senão a dominam. Vão falar de que academias? Porque no fundo, estas pessoas sabem que não pertencem a essa classe. Estão a mentir para vocês mesmos. Estou a dirigir estas palavras àqueles que praticam estes actos e peço desculpa aos sinceros, aos que lutam, aos que batalham para serem homens de amanhã» disse.
Odete Semedo desafiou ainda os responsáveis das instituições universitárias a redimensionar as instituições de formação do país, tendo em conta os novos desafios mundiais. Redimensionar o intercâmbio entre as universidades e o tipo de parceria até aqui desenvolvida, de modo a facilitar a circulação de resultados parciais de pesquisas, produções científicas.
Referindo-se à organização das escolas públicas, a ministra não poupou as críticas: «Não são palavras aplaudidas porque doem. Porque cada um de nós sabe exactamente o que faz. Muitos aqui, já tiraram carteiras das escolas públicas e levaram para escolas privadas, que criaram ou em que participaram na criação. Tomemos o exemplo do nosso patrono, Francisco Mendes, pelo que diz respeito à integridade, ao empenho, ao profissionalismo e amor a pátria. É fácil criticar. É fácil apontar dedo e pedir. O difícil é nós perguntarmos a nós mesmos qual é a nossa responsabilidade, qual é o nosso limite. É difícil. É difícil confessar o próprio pecado.
O director da Escola Normal Superior Tchico Té, Fernando Baial Sambú, apelou à ministra da Educação a encetar contactos para a retoma da cooperação com a Escola Superior de Educação de Viana de Castelo, como forma de elevar o nível dos professores, o que irá contribuir para a concretização das aspirações do país em aderir ao sistema LMD (Licenciatura, Mestrado e Doutoramento) à semelhança de outros países da sub-região.
A Educação e o desenvolvimento, o problema de acesso e financiamento do Ensino Superior e a pesquisa são, entre outros, temas da semana académica que hoje se inicia e termina a 7 de Fevereiro, dia do patrono da Escola Normal Superior Tchico Té.
Estiveram presentes no acto a ministra da Saúde Pública, Valentina Mendes, e Maria Augusta Mendes também conhecida por Tchutcha Mendes, viúva de Tchico Té.
A Escola Normal Superior Tchico Té foi baptizada com o nome de Tchico Té em 1979, um ano depois de Francisco Mendes vulgo Tchico Té, Abdu Djiop Abdurame, nome que adquiriu durante a guerra colonial, primeiro Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, depois da independência da Guiné-Bissau, morrer num acidente de viação.