Bissau, 02 Fev 15(ANG) - O Gabinete da Planificação Costeira, assinala hoje, 02 de Fevereiro, a “Jornada Mundial das Zonas Húmidas” com a realização de um debate de reflexão envolvendo a Rede de Jornalistas Ecológicos e os técnicos do Instituto da Biodiversidade e Áreas Protegidas(IBAP).
Ao presidir a abertura da jornada, subordinada ao lema, " Zonas Húmidas para o nosso futuro", o Director-geral do Ambiente e Ponto Focal da Convenção Ramsar na Guiné-Bissau, Seco Cassama disse que o referido Tratado, assinado na cidade iraniana de Ramsar no ano 1972, visa defender e preservar as zonas húmidas do planeta.
Cassama destacou que o homem é o principal beneficiário das zonas húmidas “porque é ali que procura a água e recursos haliêuticos para a sua alimentação e serve-se ainda destas zonas para o turismos, transporte e outras funções.
"A Guiné-Bissau enquanto pais costeiro, com enormes recursos hídricos, depende muito das zonas húmidas para a sobrevivência das suas populações e para o desenvolvimento da sua economia", disse.
Seco Cassama sublinhou que a celebração do Dia Mundial das zonas húmidas deve servir de oportunidade para alargar as acções de sensibilização sobre a importância da preservação dos ecossistemas para a vida futura das populações.
"No dia em que deixarmos de ter os recursos existentes nas zonas húmidas, o futuro da sobrevivência dos seres vivos e da humanidade estarão em causa", explicou o Director Geral do Ambiente.
Perguntado pelos jornalistas se existe uma Política Nacional que proteja as zonas húmidas, o Director Geral do Gabinete da Planificação Costeira respondeu que não.
Joãozinho Sá disse que gostariam de o ter mas que não o tem “devido ao seu elevado custo financeiro”.
Relativamente ao reconhecimento de apenas duas zonas húmidas num pais de variadíssimas zonas húmidas Sá disse que tal se deve a falta de cumprimento de requisitos exigidos para o efeito.
Joãozinho Sá afirmou contudo que já estão a trabalhar no sentido de fazer com que o pais se desponha de uma terceira zona húmida de reconhecimento internacional, neste caso, o Parque Natural de Tarrafes de Cacheu.
FONTE: ANG/AC/JAM/SG