CONCORDO
COM PEDIDO AO SENEGAL
Fonte: Doka Internacional
Há um ditado que
diz: “cada caso é um caso”. A situação política actual difere a milhas e na
profundidade da situação em que Nino Vieira solicitou apoio militar ao Senegal,
em junho de 1998. Fui sempre contra, mas caso venha a confirmar-se a
solicitação da protecção pessoal ao Senegal, pelo Presidente da República -
como se tem vindo a referir-se - para mim, ela é bem-vinda.
É flagrante, hoje,
a ausência - nos políticos da nossa praça - de convicções ideológico-políticas.
Hélder Vaz caracterizara a acção política actual na Guiné-Bissau, dizendo:
“Hoje mais de que nunca vemos que a profissão de vendedor de sonhos é uma
profissão de sucesso na Guiné-Bissau”. E foi mais preciso ao dizer que a
“Governação dos quarenta anos acabou com os valores morais da sociedade
guineense”.
Se os partidos
políticos se orientassem pelas convicções ideológicas, o que poderia aproximar,
por exemplo, o líder do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto Nambeia, do
líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira? “Suborno”! Outros dirão pela
Guiné-Bissau, como se o nosso país corresse o risco de cindir-se como o Estado
moçambicano ou Cabinda. É a ganância e vaidade pessoal, os únicos elementos
comuns capazes de juntar, à partida, gente com mentalidades tão díspares. Nada
mais!
Para dizer que a questão da moralidade em política,
hoje em dia, não se coloca mais. O "dinheiro" fala mais alto. A acção
política tem sido pelo capital financeiro. Só os romancistas falam em moral
política. A conta da debandada ideológica, todos os alvos (lideranças
políticas) resultam precários à delinquência política. Os políticos tornaram-se
alvos fáceis à bater.
Portanto, a única
solução que nos resta como povo, gente que ainda se orienta pela convicção
político-ideológica, é de se juntar à sub-região, a fim de protegermos o
símbolo da unidade nacional, o Presidente da República, José Mário Vaz.