sexta-feira, 21 de agosto de 2015

 CONCORDO COM PEDIDO AO SENEGAL

Fonte: Doka Internacional

Há um ditado que diz: “cada caso é um caso”. A situação política actual difere a milhas e na profundidade da situação em que Nino Vieira solicitou apoio militar ao Senegal, em junho de 1998. Fui sempre contra, mas caso venha a confirmar-se a solicitação da protecção pessoal ao Senegal, pelo Presidente da República - como se tem vindo a referir-se - para mim, ela é bem-vinda.

É flagrante, hoje, a ausência - nos políticos da nossa praça - de convicções ideológico-políticas. Hélder Vaz caracterizara a acção política actual na Guiné-Bissau, dizendo: “Hoje mais de que nunca vemos que a profissão de vendedor de sonhos é uma profissão de sucesso na Guiné-Bissau”. E foi mais preciso ao dizer que a “Governação dos quarenta anos acabou com os valores morais da sociedade guineense”.

 Se os partidos políticos se orientassem pelas convicções ideológicas, o que poderia aproximar, por exemplo, o líder do Partido da Renovação Social (PRS), Alberto Nambeia, do líder do PAIGC, Domingos Simões Pereira? “Suborno”! Outros dirão pela Guiné-Bissau, como se o nosso país corresse o risco de cindir-se como o Estado moçambicano ou Cabinda. É a ganância e vaidade pessoal, os únicos elementos comuns capazes de juntar, à partida, gente com mentalidades tão díspares. Nada mais!

 Para dizer que a questão da moralidade em política, hoje em dia, não se coloca mais. O "dinheiro" fala mais alto. A acção política tem sido pelo capital financeiro. Só os romancistas falam em moral política. A conta da debandada ideológica, todos os alvos (lideranças políticas) resultam precários à delinquência política. Os políticos tornaram-se alvos fáceis à bater. 

 Portanto, a única solução que nos resta como povo, gente que ainda se orienta pela convicção político-ideológica, é de se juntar à sub-região, a fim de protegermos o símbolo da unidade nacional, o Presidente da República, José Mário Vaz.