domingo, 23 de agosto de 2015

CRIMES CONTRA ALBINOS ESTÃO A AUMENTAR EM MOÇAMBIQUE

O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, considerou que os crimes contra albinos começam a ganhar expressão em Moçambique, exortando as forças de segurança a proteger «as pessoas com problemas de pigmentação».
 
Nyusi disse às forças da ordem que a sua missão é evitar o crime e a morte por assassínio ou outras formas, evitando os raptos e os sequestros, e prevenir os acidentes, defender os cidadãos, mais do que nunca, e proteger e acarinhar o cidadão com problemas de pigmentação. Acrescentou que os crimes «bárbaros» contra os albinos começam a ganhar expressão em Moçambique – pronunciamento que fez após conferir posse ao novo vice-comandante-geral da Polícia, José Weng San, e ao novo chefe da Casa Militar, Eugénio Roque.
 
Na quarta-feira, a polícia moçambicana encontrou o corpo de um albino enterrado no quarto de uma residência abandonada no distrito de Nacala, província de Nampula, norte de Moçambique, alguns dias após as autoridades policiais terem divulgado a libertação de uma criança albina raptada no distrito de Angoche, naquela província.
 
Segundo dados da Polícia moçambicana, 15 albinos foram dados como desaparecidos desde o início deste ano, e suspeita-se que tenham sido raptados. A Polícia acredita que os albinos são raptados para depois serem mortos, com o objetivo de lhes extrair partes do corpo que são usadas em rituais supersticiosos por pessoas que acreditam que assim podem ficar ricas ou proteger-se da má sorte.
 
O norte de Moçambique faz fronteira com a Tanzânia, país onde são frequentes os homicídios de albinos para fins de feitiçaria. Fonte: Aqui