Bissau - O novo Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Baciro Djá, exonerou nesta segunda-feira os responsáveis da rádio e televisão públicas por causa da sua parcialidade durante a demissão do governo do seu predecessor, Domingos Simões Pereira, segundo o decreto.
Os dois diretores, Muniro Conté e Paula Melo, foram demitidos e substituídos por Califa Soares Cassamá e Eusébio Nunes, indicou o decreto assinado pelo primeiro-ministro Djá, nomeado a 20 de Agosto de 2015 pelo presidente guineense, José Mário Vaz.
O novo chefe do governo bissau-guineense acusa os dois responsáveis desses órgãos da comunicação social de "um tratamento parcial da crise política", durante a dissolução a 12 de Agosto, que estava em funções há 14 meses.
No entanto, pelo decreto publicado nesta segunda-feira, o primeiro-ministro “proibiu” igualmente a retransmissão dos debates da Assembleia Nacional.
Um total de 83 deputados sobre 102 estavam presentes no início desta reunião convocada, embora os parlamentares estejam de férias.
A Assembleia Nacional "condenou com veemência" nesta segunda-feira a demissão do governo pelo presidente Vaz que desembocou numa "crise de confiança no seio do Estado", considerando-a de inconstitucional.
O Partido Africano para a Independência da Guiné-Bissau e Cabo Verde (PAIGC) tinha obtido a maioria em 2014 nas eleições parlamentares com 57 deputados sobre os 102 que compõem o parlamento, essas funções deveriam ser assumidos pelo seu presidente Domingos Pereira, sublinham os analistas responsáveis políticos. Fonte: Aqui
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