terça-feira, 8 de novembro de 2016

AUSCULTAÇÕES AOS PARTIDOS POLÍTICOS COM ASSENTO PARLAMENTAR E A ANP

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O Presidente da República, José Mário Vaz pediu esta terça-feira a Assembleia Nacional Popular a sua proposta de nome para liderar o próximo Governo de Consenso e inclusivo. Em resposta, o primeiro vice-presidente do parlamento, Inácio Correia disse que não é da competência do parlamento propor nomes para o cargo de Chefe de Governo.

Baciro Djá ausentou-se da ronde de auscultação

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Baciro Djá ausentou-se hoje das auscultações promovidas pelo Presidente da República.
Ainda não se sabe os motivos pelas quais o chefe de governo não compareceu no Palácio da República.

Uma fonte do gabinete de Baciro Djá disse à Rádio Jovem que houve “falha de comunicação” na entrega do convite para auscultação.

"A correspondência da Presidência chegou demasiado tarde e já não estava ninguém na Prematura, ou seja, o primeiro-ministro não recebeu a notificação", disse a fonte.

De acordo com o programa das auscultações a que tivemos acesso, Baciro Djá deveria ser recebido logo depois da delegação da Assembleia Nacional Popular, o que não aconteceu.

PRS

O Partido da Renovação Social deixou claro ao Presidente da República que não vai aceitar a nomeação de Augusto Olivais, dirigente do PAIGC, para o cargo do primeiro-ministro da Guiné-Bissau, disse aos jornalistas Florentino Mendes Pereira.

O secretário-geral do PRS disse que o partido só aceita os nomes de Umaro Sissoco e de João Mamadu Fadia para liderar o próximo Governo da Inclusão e de Consenso.

O PRS deverá enviar por escrito a sua proposta de nome ao Presidente guineense. O partido reúne amanhã a Comissão Política para buscar consenso a volta da figura.

PND

O líder do PND, Iaia Djalo, entende que o Presidente da República deve nomear a pessoa da sua confiança para chefiar o próximo Governo.

O também conselheiro do chefe de Estado guineense, promete enviar ainda hoje a sua proposta de nome por escrito ao Presidente, José Mário Vaz.

Os 15

O grupo dos quinze deputados expulsos do PAIGC vai respeitar, acatar e apoiar qualquer figura escolhida pelo Presidente da República para liderar o próximo Governo Inclusivo e de Consenso, afirmou hoje Braima Camará à saída de audiência com José Mário Vaz.


PAIGC
O primeiro vice-presidente do PAIGC e ex-primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Carlos Correia disse que o Presidente da República deve respeitar o consenso alcançado em Conacri sobre a figura para liderar o próximo Governo.

Para Carlos Correia, que chefiou a delegação do PAIGC, se José Mário Vaz não nomear essa figura de consenso, estará a desrespeitar o documento assinado pelos atores políticos.

O chefe de Estado pediu ao PAIGC para enviar a sua proposta de nome por escrito ainda hoje, disse Carlos Correia.

UM

Agnelo Regala, presidente da União para Mudança, nota que o chefe de Estado não quer respeitar a Constituição e o consenso obtido em Conacri sobre o escolhido para liderar o próximo governo, apesar das facilidades e cedências feitas.

De acordo com Agnelo Regala, o consenso foi obtido sobre a figura de Augusto Olivais para ser nomeado primeiro-ministro e cabe ao Presidente respeitar esse acordo assinado em Conacri.

«Não iremos aceitar outro nome que não seja o de consenso em Conacri. Cabe ao PAIGC indicar o nome da figura e a partir de agora não faremos mas cedências e felicidades», disse.

«Tal como defendemos que o Presidente conclua o seu mandato de cinco anos, achamos que deve ser respeitada a Constituição para que o partido vencedor das eleições legislativas possa terminar o seu mandato», afirma Agnelo Regala.

Regala afirma que à margem da cimeira da União Africana, José Mário Vaz seria informado detalhadamente pelo mediador Alpha Condé sobre a figura do consenso retido em Conacri, mas o chefe de Estado alegou motivos de saúde e viajou de imediato para Lisboa. Alpha Condé teria informado aos restantes chefes de Estado sobre o consenso obtido em Conacri.

PCD

O presidente do PCD, Vicente Fernandes, disse que cabe ao PAIGC, enquanto partido vencedor das eleições legislativas, indicar o nome da figura para liderar o governo.

"O partido que ganhar é que deve propor o nome do primeiro-ministro", disse.

O PCD deverá enviar também a sua proposta por escrito ao Chefe de Estado guineense.

Quanto a polémica em torno da sua liderança, Vicente Fernandes disse que houve uma tentativa de golpe palaciano ou tentativa de assalto ao poder não consumado. Vifer fez saber que o Conselho de Jurisdição do partido anulou a reunião promovida por Vítor Mandinga em que se decidiu o seu alegado afastamento da liderança da força política com assento parlamentar.

Inácio correia, 1º vice-presidente da ANP
Delegação do PRS
Iaia Djaló, líder do PND
Delegação dos 15 deputados dissidentes do PAIGC

Delegação do PAIGC
Delegação UM
Delegação PCD

Fonte: Jornalista guineense, Braima Daramé, via facebook