sexta-feira, 24 de março de 2017

PRESIDÊNCIA ABERTA: IMAMES DE BAFATA APELAM AO PERDÃO MÚTUO ENTRE POLITICOS PARA ACABAR COM A CRISE

Bafata, 24 Mar 17 (ANG) - O Imame central da região de Bafata revelou ter hoje aconselhado o Presidente da República José Mário Vaz para que haja perdão mútua entre os políticos guineenses no sentido de promover a paz e tranquilidade no pais.

Aladje Tcherno Culabio Ba que falava a imprensa a saída duma audiência que o chefe de Estado concedeu aos líderes religiosos e anciões daquela região acrescentou que este passo constitui um imperativo a dar.

O chefe religioso advertiu ainda aos jornalistas para serem mais selectivos nos seus trabalhos e para não passarem mensagens incendiarias e de insultos proferidos pelos políticos.

"Se alguém utilizar palavras de ofensa ou de perturbação vocês devem cortar isso nas vossas emissões", indicou o Imame Central que explica que conteúdos destas podem ferir muitas sensibilidades e desencadear emoções contraditórias.

Por outro lado, destacou terem lembrado ao Presidente que a capital da região foi berço do líder da nacionalidade guineense, Amílcar Cabral pelo que não pode continuar nesta situação de falta de estradas asfaltadas, mais escolas, centros de saúde, luz eléctrica, água potável entre outras necessidades básicas.

"Queremos que volte a vigorar a medida que isentava as crianças, grávidas e anciões de pagamento de consultas tal como acontecia a bem pouco tempo", sublinhou ainda Tcherno Culabio Ba.

A nível agrícola o Imame disse ter solicitado ao chefe do Estado combustível e adubos para ajudar os camponeses da região na sua produção, sobretudo no período da seca.

A concluir o rol de pedidos o religioso realçou ainda a necessidade de criação de um consulado da Arabia Saudita em Bafata por forma a facilitar os peregrinos locais na obtenção de vistos de entrada nas suas deslocações anuais a Meca.

Disse que em resposta, José Mário Vaz além de pedir a unidade no seio dos guineenses exortou-os a darem a sua contribuição para ajudar no desenvolvimento do pais.

"Para tal, o dinheiro do Estado deve reverter-se ao tesouro público, pois so assim se poderá conseguir recursos para investir em diferentes áreas com agricultura, saúde, educação, juventude entre outras", frisou citando o chefe de Estado.

O Presidente da República reuniu-se ainda com a juventude e mulheres da região, tendo estas lhe oferecido a ele e a sua esposa, bem como alguns membros do governo prendas em forma de panos tradicionais.



ANG/JAM