Bissau, 31 Mai 17 (ANG) – O ministro da Saúde Pública prometeu hoje agir de forma implacável contra pessoas que eventualmente tenham desviado para fins comerciais as tendas impregnadas que gratuitamente estão sendo distribuídos as populações.
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Garantiu que a Inspecção Geral de Saúde Pública vai fiscalizar a distribuição e acrescentou que se eventualmente alguém for apanhado a vender os mosquiteiros este será obrigado a denunciar o técnico de saúde que lhe forneceu o material.
O governante lembrou que na época colonial não havia paludismo no pais, porque, justificou, na altura a Câmara Municipal punia severamente quem deixasse água estagnada a volta da sua casa e também havia campanhas de pulverização com avionetas em todo o país.
“Passados 43 anos depois, os sucessivos governos não conseguiram fazer o mesmo. Há água estagnada em todos os bairros da capital e o paludismo tornou-se numa doença endémica na Guiné-Bissau’, lamentou sem no entanto esclarecer se, enquanto governante, optaria ou não pela solução da época antes da independência.
O ministro da Saúde Pública disse que o tratamento do paludismo exige elevado custos financeiros, materiais e sociais“. O combate ao paludismo não é um problema exclusivo do Ministério da Saúde, mas sim de todos e cabe a cada um cuidar da higiene pessoal e dar devido tratamento ao lixo“, aconselhou.
Carlitos Barai afirmou que danos causados pela doença da malária na Guiné-Bissau obrigou o Ministério da Saúde em colaboração com seus parceiros, nomeadamente o Fundo Global, a Organização Mundial de Saúde(OMS),
o Fundo das Nações Unidas para Infância(UNICEF) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento(PNUD) e outros se tenham unidos numa única frente na investida para a redução, senão mesmo, erradicação da doença no pais.
A malaria representa, segundo o PNUD, uma grave ameaca a saude publica e causa de pobreza na Guine-Bissau. Em 2013, mais de 175 mil casos de malaria, dos quais 472 mortes foram reportados.
"Os mais afectados foram criancas menores de 5 anos, representando 41 por cento do total dos casos e 45 das mortes registados", disse na ocasiao o representente do PNUD na Guine-Bissau, Ayigan Kossi.
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