sexta-feira, 19 de maio de 2017

‘Presidência aberta’: JOSÉ MÁRIO VAZ GARANTE CONTINUIDADE DO GOVERNO DE ÚMARO SISSOCO

É estranho o silêncio da neocolonialista RDP África! O discurso de JOMAV não foi comentado nem noticiado nos seus serviços informativos. Será que que o discurso do presidente de todos os guineenses causou a azia e dispepsia a RDP África? Se  JOMAV dissesse que pondera demitir o governo liderado por Sissoco Embaló, a RDP África como sempre, estaria na linha da frente para fazer "Djambadon" e anunciar a boa nova aos mafiosos do MPLA e afins, mas como garantiu a continuidade do mesmo, causou uma  dor profunda no seio dessa emissora, razão pela qual, não destacou o seu discurso, apenas noticiou que os arruaceiros (in)conscientes e inconformados, insurgiram-se contra esse discurso . Guiné kila muda!
 
O Presidente da República da Guiné-Bissau, José Mário Vaz garantiu no princípio da noite desta quinta-feira, 18 de maio 2017, que não demitirá o governo liderado por Úmaro Sissoco Embaló, enquanto a Assembleia Nacional Popular não abrir as portas para apreciar o programa do atual executivo.
 
José Mário Vaz falava em Bissau perante milhares de guineenses vindos de diferentes regiões do país na última etapa da sua ‘Presidência-Aberta’. Na ocasião, o Chefe de Estado disse estar “pronto para tudo, porque a Guiné-Bissau é um ‘Estado Soberano”. Referindo às atuais autoridades do país, José Mário disse que elas “não assaltaram o poder” mas sim foram escolhidas pelo povo nas urnas.
 
Em relação à nomeação do atual governo, Vaz disse ainda ter escolhido para a chefia do governo, a figura que entendeu que tinha condições para obter uma maioria parlamentar com vista à aprovação do Programa de Governo e o Orçamento Geral do Estado.
Segundo o Chefe de Estado, o Úmaro Sissoco foi a figura que reunira na altura essas condições em relação as outras duas figuras, nomeadamente João Alage Mamadu Fadia [atual ministro da Economia e finanças] e Augusto Olivais, este último tido pelo Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC) como sendo figura de consenso saída do famoso “Acordo de Conacri”.
De acordo com o Presidente da República, com o culminar da ‘Presidência-Aberta’, o próximo encontro será com os jornalistas, durante o qual promete estar à disposição dos órgãos de comunicação social do país para responder todas as perguntas.
 
Depois do referido encontro, Vaz promete levar todas as preocupações recolhidas da população e dos homens de imprensa aos membros do executivo, num Conselho de Ministros, onde abordará as possíveis tarefas a realizar para o bem-estar do país.
 
Vaz reiterou a convicção de que será “o melhor Presidente da República na história da Guiné-Bissau”, desde a independência a esta parte, apontando algumas ações, por exemplo, a proibição da exploração ‘ilegal’ das areias pesadas de Varela, a eliminação de corte desenfreada das florestas guineenses e a dinâmica no controlo dos mares da Guiné-Bissau.
 
O estadista guineense disse estar disponível para ‘tudo’ em defesa do povo guineense, como foram os exemplos de Amílcar Cabral e João Bernardo Vieira que perderam vida em defesa do bem-estar da Guiné-Bissau.
 
“Sabem porque é que estão a falar do golpe de Estado? Porque antigamente faziam isso para criar pânico e aproveitar da situação para espancar, deter e matar as pessoas, mas isso não acontecerá nesta terra”, garante José Mário Vaz, destacando a subida do país no ranking mundial da liberdade de imprensa, afiançando que provavelmente que a Guiné-Bissau terá uma boa classificação no índice dos direitos humanos.
 
Por: Sene Camará
Fotos: Marcelo N’canha Na Ritche