A Guiné-Bissau tem agora um novo consulado em Espinho, graças a uma parceria entre o Governo desse país e a autarquia portuguesa para reforçar a diplomacia económica e potenciar negócios de interesse mútuo.
A nova estrutura está instalada no Fórum de Arte e Cultura de Espinho, graças a um protocolo de cedência de espaço que mereceu a unanimidade do executivo municipal, e reforçará assim a rede de organismos diplomáticos guineenses já disponível em território português - no que se inclui o consulado-geral e a embaixada em Lisboa, e dois consulados, no Porto e em Leiria.
"A Guiné tem um forte potencial ao nível do turismo, da agricultura, das pescas e dos materiais para construção civil", declarou hoje à Lusa o cônsul honorário desse país, Joaquim Mota.
"Vamos tentar aproximar todos os que possam ter interesse nessas áreas económicas, ajudando os guineenses que estão na diáspora e apoiando também os portugueses que pretendam desenvolver negócios com a Guiné", acrescentou.
Nesse sentido, está já prevista para novembro a realização de uma missão empresarial à Guiné-Bissau com representantes das principais indústrias de Espinho e da restante Área Metropolitana do Porto.
"Pretendemos que esses empresários fiquem a conhecer melhor a oferta guineense ao nível do turismo, por exemplo, e também a que se refere ao negócio do granito, que pode ter muito interesse para qualquer empresa portuguesa que trabalhe com pedreiras e que produza brita ou betão", realçou Joaquim Mota.
Também para o presidente da Câmara Municipal de Espinho, Joaquim Pinto Moreira, o protocolo de cedência de espaço ao Consulado da Guiné-Bissau, por um período de cinco anos, "insere-se numa política municipal de diplomacia económica tendente à captação de novos investimentos e à abertura de novos destinos e mercados" para os empresários locais.
"O objetivo é, naturalmente, alargar e reforçar as relações de cooperação cultural, diplomática e económica entre os dois países, facilitando através do consulado potenciais investimentos luso-guineenses", explicou o autarca.
A instalação do novo consulado em Espinho propõe-se também reforçar a cooperação com a Guiné-Bissau no que se refere ao domínio cultural e artístico. "Irá promover a divulgação cultural e formativa entre Portugal e a República da Guiné-Bissau", anunciou Joaquim Mota.
"A cidade de Espinho está geminada com a de Bolama, antiga capital da Guiné-Bissau, e ações bilaterais vão ser realizadas no quadro de fortificação desta geminação", realçou o cônsul.
Fonte: Lusa, em DN