Organização não governamental Levanta Mulher e Siga o seu Caminho combate os casamentos precoces em Moçambique.
A organização não governamental Levanta Mulher e Siga o seu Caminho (Lemusica), que defende os direitos da mulher e rapariga, resgatou 105 meninas menores de 12 anos de idade que tinham sido dados em casamentos na província Moçambicana de Manica nos últimos 15 meses.
Os dados da organização indicam que em 2016, 100 raparigas foram dadas em casamentos a homens adultos, quatro ou cinco vezes mais velhos, na maioria dos casos devido a pressões económicas na família.
Já nos primeiros três meses de 2017, outras 25 raparigas, a maioria órfãos e vulneráveis, foram tiradas das casas dos progenitores para chefiar lares de homens adultos, alguns polígamos, cortando o sonho e o futuro das crianças, segundo Cecilia Ernesto, oficial de programas na área da rapariga na organização não governamental Lemusica.
“Nos 100 casos de 2016, resgatamos 80 raparigas e este ano todas as 25 raparigas foram resgatadas com sucesso, o que totaliza 105 raparigas menores de 12 anos de idade resgatadas dos casamentos e que estão nos nossos lares de abrigo e reintegradas no ensino”, precisou Ernesto.
Outras 20 raparigas foram transferidas ou mudaram da zona de residência, quando a organização iniciou a sua intervenção para um processo judicial, tendo este grupo pedido assistência nos cinco distritos de intervenção da Lemusica, nomeadamente, Gondola, Chimoio, Barue, Manica e Vanduzi.
Aquela responsável explicou que as meninas resgatadas foram reintegradas pela Lemusica no ensino e recebem apoio psico-social para depois da reabilitação enfrentarem a sociedade com outros ares.
Apesar dos números de resgate, segundo Ernesto, a sociedade precisa tomar consciência sobre o mal que protagoniza as raparigas ao oferecê-las em casamento a homens adultos com posse, ou por um simples dote oferecido à família da menina.
“Nós, como sociedade civil, temos que arregaçar as mangas para travar este mal. Precisamos realizar os sonhos das crianças e responsabilizar os agressores”, precisou Cecília Ernesto, que pediu uma intervenção mais pratica da justiça moçambicana.
O lobolo, um ritual tradicional que vigora um pouco por todo o pais – onde um dote (em especie ou dinheiro) se oferece à família da rapariga como símbolo matrimonial - tem vindo a emperrar as denúncia de casos de violação sexual de menores e casamentos prematuros em Manica, referiu.
“Nós continuamos a apelar à sociedade para garantir o futuro das raparigas, e não entregá-las em casamentos na inocência”, sublinhou Cecília Ernesto.
Moçambique possui uma das taxas de casamentos prematuros mais elevadas do mundo, afectando uma a cada duas raparigas, e a segunda maior taxa de casamentos prematuros na região sul da África, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infancia (Unicef).
Dados do Unicef indicam que 14 por cento das mulheres entre 20 e 24 anos de idade casaram-se antes dos 15 anos e 48 por cento antes dos 18 anos.
Recorde-se que aquela agência da ONU e o Governo de Moçambique lançaram em Abril a Estratégia Nacional de Prevenção e Combate aos Casamentos Prematuros (2016-2019).
Os dados da organização indicam que em 2016, 100 raparigas foram dadas em casamentos a homens adultos, quatro ou cinco vezes mais velhos, na maioria dos casos devido a pressões económicas na família.
Já nos primeiros três meses de 2017, outras 25 raparigas, a maioria órfãos e vulneráveis, foram tiradas das casas dos progenitores para chefiar lares de homens adultos, alguns polígamos, cortando o sonho e o futuro das crianças, segundo Cecilia Ernesto, oficial de programas na área da rapariga na organização não governamental Lemusica.
“Nos 100 casos de 2016, resgatamos 80 raparigas e este ano todas as 25 raparigas foram resgatadas com sucesso, o que totaliza 105 raparigas menores de 12 anos de idade resgatadas dos casamentos e que estão nos nossos lares de abrigo e reintegradas no ensino”, precisou Ernesto.
Outras 20 raparigas foram transferidas ou mudaram da zona de residência, quando a organização iniciou a sua intervenção para um processo judicial, tendo este grupo pedido assistência nos cinco distritos de intervenção da Lemusica, nomeadamente, Gondola, Chimoio, Barue, Manica e Vanduzi.
Aquela responsável explicou que as meninas resgatadas foram reintegradas pela Lemusica no ensino e recebem apoio psico-social para depois da reabilitação enfrentarem a sociedade com outros ares.
Apesar dos números de resgate, segundo Ernesto, a sociedade precisa tomar consciência sobre o mal que protagoniza as raparigas ao oferecê-las em casamento a homens adultos com posse, ou por um simples dote oferecido à família da menina.
“Nós, como sociedade civil, temos que arregaçar as mangas para travar este mal. Precisamos realizar os sonhos das crianças e responsabilizar os agressores”, precisou Cecília Ernesto, que pediu uma intervenção mais pratica da justiça moçambicana.
O lobolo, um ritual tradicional que vigora um pouco por todo o pais – onde um dote (em especie ou dinheiro) se oferece à família da rapariga como símbolo matrimonial - tem vindo a emperrar as denúncia de casos de violação sexual de menores e casamentos prematuros em Manica, referiu.
“Nós continuamos a apelar à sociedade para garantir o futuro das raparigas, e não entregá-las em casamentos na inocência”, sublinhou Cecília Ernesto.
Moçambique possui uma das taxas de casamentos prematuros mais elevadas do mundo, afectando uma a cada duas raparigas, e a segunda maior taxa de casamentos prematuros na região sul da África, segundo o Fundo das Nações Unidas para a Infancia (Unicef).
Dados do Unicef indicam que 14 por cento das mulheres entre 20 e 24 anos de idade casaram-se antes dos 15 anos e 48 por cento antes dos 18 anos.
Recorde-se que aquela agência da ONU e o Governo de Moçambique lançaram em Abril a Estratégia Nacional de Prevenção e Combate aos Casamentos Prematuros (2016-2019).