Radio Sol Mansi - Ministro do comércio, Victor Mandinga, esclarece factores da grande diferença de preços na Guiné-Bissau e no Senegal na comercialização de castanha de Caju.
Falando no princípio da tarde desta terça-feira (09 de Maio), na cerimónia de tomada de posse dos membros da brigada do Guiché Único para a exportação de castanha de caju 2017, o ministro do Comercio disse que a situação resulta da situação da estrutura efectiva do mercado da Guiné Bissau e do Senegal, sobre tudo na sua componente fiscal.
“No Senegal não se paga nenhum imposto nem para comercializar Caju nem para exportar a castanha enquanto na Guiné-Bissau paga-se quase tudo”, explica o ministro.
Victor Mandinga adianta ainda outros factores tais como o custo portuário da Guiné-Bissau que é quase o dobro do custo da Gâmbia e do Senegal, para além dos custos da exportação a partir do porto de Bissau que supera de longe os custos dos portos de Dacar e da Gâmbia.
“O custo portuário da Guiné-Bissau é quase o dobro do custo portuário da Gâmbia e do Senegal, há mais outros factores ainda, o frete da Guiné-Bissau para o Vitimam ou para a Índia está em cerca de 2.200 dólares por contentor enquanto para a Gâmbia o transporte custa cerca 1.700 a 1.800 dólares”, sublinha Victor Mandinga.
O ministro perspectiva, por outro lado, maior entrada da receita no tesouro público durante a presenta campanha de comercialização de castanha de Caju, sublinhando que desde o início da campanha de Caju o governo conseguiu criar mais de 12 mil postos de trabalho para os guineenses.
“Já está concentrado em Bissau cerca de 17 mil toneladas de Caju, é primeira vez que isso acontece, mesmo em 2011 que foi o melhor ano isso não aconteceu”, acrescenta.
Para finalizar o governante avança que desde o início da campanha de comercialização de castanha de Caju o tesouro público já arrecadou mais de 600 milhões em licenças de postos enquanto só a taxa do escoamento da castanha para Bissau poderá render aos cofres do Estado mais de 1 bilhão de francos CFA, “superando assim de longe os valores das campanha anteriores”.
Na segunda-feira (08/05) o presidente da república, José Mário Vaz, manifestou claramente contra a política do governo na presente campanha de comercialização de castanha de Caju que proíbe os estrangeiros de comprarem castanha de caju.
O chefe do Estado instou aos produtores a não venderem por enquanto as suas castanhas por 500 francos até esclarecer com o governo as políticas que beneficiam mais os produtores do país.
Por: Elisangila Raisa Silva dos Santos / Amadu Uri Djalo