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O Grupo dos 15 deputados dissidentes da fileira do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), exige apresentação de provas que confirmam a escolha do dirigente do partido libertador, Augusto Olivais, como nome de consenso para liderar o governo, durante as negociações que ocorreram em Conacri, em outubro de 2016.
O Grupo dos 15 deputados dissidentes da fileira do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), exige apresentação de provas que confirmam a escolha do dirigente do partido libertador, Augusto Olivais, como nome de consenso para liderar o governo, durante as negociações que ocorreram em Conacri, em outubro de 2016.
Em comunicado, que a redação do Jornal ‘O Democrata’ teve acesso, o “grupo dos 15” reage às informações avançadas nas redes sociais e em algumas página web, dando conta que o PAIGC anunciara o processo de reintegração dos deputados expulsos daquela formação política e que o Secretariado Nacional do partido convida elementos afetos aos “15” para se dirigirem à Comissão para o diálogo e reconciliação no partido.
Em relação a este processo, o Grupo lamenta o facto de, o alegado comunicado do PAIGC se traduzir numa acentuada ‘má-fé e falta de vontade política’, na medida em que, diz os dissidentes, a direção do partido libertador sabe que a reintegração não se opera através de um comunicado de boas intenções, mas sim, por decisões dos órgãos jurisdicionais do partido que, por ser independente nos termos estatutários, nenhum comunicado anula e nem se sobrepõe as deliberações do Conselho Nacional de Jurisdição do PAIGC.
Aliás, o grupo lembra no seu comunicado que num passado recente, em 2013, uma vaga de reintegração de militantes e dirigentes do PAIGC teve lugar por via de um indulto por este órgão de jurisdição e, apresentado numa reunião do Comité Central.
“O Grupo dos 15 que sempre manifestou a sua total disponibilidade e abertura ao diálogo político interno no seio do PAIGC, vem relembrar mais uma vez, que foi o próprio presidente do PAIGC que numa conferência de imprensa afirma categoricamente que a questão da reintegração dos 15 está definitivamente posta de lado, tal como referiu em Conacri, que a questão do Grupo dos 15 era um falso problema”, lê-se no comunicado.
No entanto, o Grupo dos 15, denuncia no seu comunicado, a ligação estreita entre o objetivo da carta endereçada pelo primeiro vice-presidente do PAIGC ao Representante Especial do Presidente da Comissão da CEDEAO, no passado dia 25 de Abril, e a iniciativa de uma ‘pseudointegração’, para provocar a queda do governo, pondo em causa a implementação dos Acordos de Conacri.
“Esta é a razão fundamental desta enorme aberração da Direção do PAIGC em propor uma nova redação da alínea h) do Comunicado da Missão Ministerial da CEDEAO, para implicar diretamente o Presidente da República, por forma a não reconhecer o atual governo e pressionar o Presidente a demiti-lo, como aliás, o próprio presidente do PAIGC exigiu numa conferência de imprensa dos partidos que boicotam a iniciativa de diálogo do primeiro-ministro”, diz o comunicado.
Para ilustrar aquilo que considera da “hipocrisia política” da atual direção do partido, o grupo avança no comunicado que a direção superior do PAIGC, ordenou e executou o afastamento de responsáveis do partido na Comissão Política na secção de Portogole, sector de Mansoa, Região de Oio, usurpando as competências da conferência de secção, sem contar ainda com outras tentativas de afastamento de responsáveis políticos nos círculos eleitorais 27 e 29, em Bissau.
O Grupo apela a todos os militantes, responsáveis e dirigentes do PAIGC, no sentido de manterem-se atentos e vigilantes a quaisquer manobras políticas internas contra a unidade e coesão interna do partido de Cabral, bem como a estabilidade política e a paz social no país.
Por: Assana Sambú