Bissau
- O candidato do PAIGC à presidência da Guiné-Bissau, José Mário Vaz, estará a
ser alvo de ameaças para não abordar "questões sensíveis" da
actualidade do país, disse nesta terça-feira à Lusa Fernando Mendonça, da
direcção do partido.
A
segunda volta a 18 de Maio disputa-se entre José Mário Vaz (também conhecido
como "Jomav"), candidato do Partido Africano da Independência da
Guiné e Cabo Verde (PAIGC) que venceu as legislativas com maioria absoluta, e
Nuno Nabian, apoiado pelo principal partido da oposição, o Partido da Renovação
Social (PRS).
Na
primeira volta, "Jomav" arrecadou 40,89 porcento dos votos e Nuno
Nabian conquistou 24,79%.
Fernando
Mendonça, antigo ministro da Comunicação Social no governo deposto pelos
militares no golpe de Estado de Abril de 2012 e actual membro do bureau
político do PAIGC fez a denúncia numa ação de campanha a favor de José Mário
Vaz num clube juvenil de Bissau.
O
dirigente disse que o próprio candidato se tem referido a essas alegadas
ameaças nas suas ações de campanha???
"O
nosso candidato tem sido ameaçado no sentido de não abordar (nos comícios)
certos temas como o abate desenfreado de árvores, a questão da pesca e da
castanha de caju", disse Fernando Mendonça citando Jomav???
Fernando
Mendonça disse que o candidato não esclarece de quem têm partido as alegadas
ameaças, mas recusa-se a "acatá-las" por considerar ser seu direito
enquanto político falar dos "assuntos de interesse nacional".
Segundo
Mendonça, não se compreende como é que José Mário Vaz não poderá abordar
"o abate de árvores, a pesca sem controlo e o desastre total que tem sido
a campanha de comercialização da castanha de caju" ao pedir o voto da
população.
"Se
ele não puder falar desses assuntos então seria melhor deixar de ser
candidato", observou, frisando ser esta a vontade daqueles que
alegadamente estão a intimidar o candidato do PAIGC.
Sobre
a campanha de comercialização da castanha de caju (principal produto de
exportação da Guiné-Bissau), o dirigente do PAIGC referiu que antes do golpe de
Estado cada quilo era comprado ao produtor a 550 francos CFA (menos de um euro)
e agora nem aos cem chega.
Fernando
Mendonça sublinhou que os guineenses têm uma "oportunidade ímpar" no
dia 18 para decidirem se ficam do lado "daqueles que querem resolver os
seus problemas pessoais" ou "daqueles que querem a verdade e a
democracia". Fonte: Aqui
Mais um jogo baixo.
Só mentiras e intrigas.
Mais um jogo baixo.
Só mentiras e intrigas.