domingo, 18 de maio de 2014

SOBE PARA 168 NÚMERO DE MORTOS POR CORONAVÍRUS NA ARÁBIA SAUDITA


ROSLAN RAHMAN/AFP
Riade, 18 mai (Lusa) – A Arábia Saudita registou mais cinco mortos por infeção pelo coronavírus da Síndrome Respiratória do Médio Oriente (MERS), elevando para 168 o número de casos fatais no país.
No mais recente balanço publicado, este sábado, no seu portal na Internet, o Ministério da Saúde indica que já foram registados 529 casos no país desde que a MERS apareceu pela primeira vez em 2012.
A Arábia Saudita tem sido o país mais afetado pela MERS, com a maioria dos casos e mortes, mas o Egito, a Jordânia, o Líbano, a Holanda, os Emirados Árabes Unidos, e os Estados Unidos também já registaram casos de infeção, a maioria dos quais respeitantes a pessoas que tinham estado na Arábia Saudita.
Segundo a informação avançada agora, dois homens, de 67 e 55 anos, e uma mulher, de 80, morreram em Jeddah (oeste), a capital económica do país, enquanto outros dois homens de 71 e 75 anos – morreram em Riade e em Medina (oeste), respetivamente.
A Organização Mundial de Saúde admitiu, na quarta-feira, que a sua preocupação com a MERS “aumentou significativamente”.
As preocupações centram-se no rápido aumento de casos, na fragilidade sistémica na prevenção e controlo da infeção, assim como nas falhas existentes na informação clínica e na possível exportação de casos para países especialmente vulneráveis.
Ainda assim, e apesar de “a seriedade da situação ter aumentado em termos de impacto para a saúde pública”, a OMS sublinha que não há evidência de transmissão sustentada de humano para humano, pelo que não estão ainda reunidas as condições para uma Emergência de Saúde Pública de Envergadura Internacional (PHEIC).
O coronavírus do MERS é considerado um 'primo', mais mortal mas menos contagioso, do vírus responsável pela Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) que, em 2008, fez cerca de 800 mortos em todo o mundo.
Tal como aquele vírus, provoca uma infeção pulmonar e os afetados sofrem de febre, tosse e dificuldades respiratórias, não havendo, por enquanto, tratamento preventivo para a doença.