Obrigado mano Doka, estamos juntos.
Num momento de particular melindre nas decisões políticas, não podemos demitir-nos da nossa cota parte de responsabilidade cívica e patriótica na análise do fenómeno político nacional.
Nessa prestativa pretende-se trazer a debate, a substancia e os elementos ponderáveis na “ESCOLHA POLÍTICA”!
A escolha Política é ao nível dos objetivos, isto é, dos meios e das consequências, que se colocam as opções concretas e verdadeiras, relacionadas com o objetivo especifico do fenómeno politico. Em suma, a escolha politica, já mais poderá perder de perspetiva, os objetivos preconizados. É unicamente a esse nível que se realizam deliberações, que se tomam realmente decisões, e que se pode falar da magistratura de influência enquanto Presidente da República, nas instituições democraticamente eleitas.
O objetivo específico do fenómeno político, tendo em conta os pressupostos, permanece imutável, e não pode constituir, por si próprio, objeto de uma escolha. Com efeito, não há escola possível entre a segurança e a insegurança, entre a concórdia e a discórdia, mas sim entre as tácitas capazes de servirem melhor a segurança e a concórdia. O facto de certas escolhas provocarem a discórdia não significa que se tenha o propósito de a alcançar por ela própria, mesmo quando se pensa que ela pode ser útil, ou seja, a discórdia não é o destino final, mas tão só uma estação ou apeadeiro no caminho conducente ao objetivo final.
Admira, certas análises que induzem o raciocino enviesado, de que se o Presidente da República fizer uma determinada escolha, o povo sairá a rua, tal linha de pensamento não corresponde minimamente a realidade do povo Guineense, nem pode constituir fator de ponderação no sentido de bloquear qualquer decisão soberana de competência única e exclusiva do mais alto magistrado da nação, competência esta de que não se pode demitir. Senão vejamos:
Quando o governo de Carlos Gomes Junior caiu, o quê é que aconteceu?
O do Aristides Gomes?
Por outro lado podemos espreitar alguns Países da sub-região: No vizinho Senegal, já nomearam três Primeiros-ministros.
No Mali idem aspas, já caíram três primeiros-ministros, ou seja, qualquer prerrogativa constitucional do Presidente da Republica não se discute, não é GOLPE DE ESTADO, aliás seria inédito que um DECRETO Presidencial constituísse tema de discussão ou contestação politica, para tal teria que se colocar igualmente em debate prévio, o próprio decreto de nomeação do primeiro-ministro. É de senso comum que a discussão deverá suscitar-se apenas quando surgem elementos que ferem a Legalidade Constitucional, não sendo contudo este o caso.
FALÁ KUMA SE GOVERNO CAI, IKA BOM PÁ PAÍS, ENTON ITALIA TA CEDO BÁ PAÍS MAS COITADE DE MUNDO. MA NA BARDADI, ITALIA PERTENCE A G7, UM DOS PAISES MAIS INDUSTRIALIZADOS DI MUNDO.
Isso prova que a dinâmica politica, especifica de um povo, e de uma nação, tem fatores condicionantes irrepetíveis de nação para nação, e cabe aos atores a caba momento saber interpretar e corrigir o rumo. O nível médio do povo e dos políticos Italianos, é confortavelmente superior ao dos Guineenses, porem isso não os inibe na decisão de mudar o governo em média, duas ou três vezes em cada legislatura, isto é, com o mesmo parlamento eleito, ou até mesmo, a dissolver o parlamento se não se reunirem condições de governabilidade e estabilidade política. Fazem a devida interpretação da lei, do contexto, e decidem a bem da nação e do povo Italiano, sem que tal constitua fator de entreve ao progresso, refletido no fato de Itália ser dos países mais industrializado do mundo e ser presença constante no G7 de há muitos anos a esta parte.
No nosso caso, poderá haver alguma insatisfação sim, mediante a sistemática incitação do Progresso Nacional e de alguns outros blogues como tem acontecido.
Acto Continuo
A escolha é o início de afirmação de um projeto político, na verdade, é a opção que se efetua no decorrer da própria ação, dentro de um contexto dado, o que significa que ela constitui uma decisão concreta e direta, que incide sobre uma realidade material, ou seja, a utilização dos meios, em função de uma situação determinada com vista a provocar certas consequências que se destinam a alcançar e consolidar o objetivo do fenómeno político.
Só se pode escolher quando há realmente elementos de escolha, o que pressupõe uma pluralidade de possibilidades, visto que o objetivo do fenómeno político não pode ser colocado em risco, caso contrario o Presidente da República acabará vitima das suas próprias opções, isto é, coabitaria com um Primeiro-Ministro que não tem um pingo de respeito para com ele, e que aguarda com paciência de Jó, o memento em que a situação se inverta, para que seja ele o primeiro-ministro, o protagonista da ação politica, e em sede própria, não se demitirá da sua função desferindo um xeque-mate ao presidente da republica, no entender da maioria dos Guineenses, assim que o primeiro-ministro tiver abertura e contexto favorável, desferirá o golpe que arrumará definitivamente o Presidente da Republica, não enquanto tal, mas sim enquanto eventual candidato, irradiando-o definitivamente da sena politica nacional, e nessa altura já todos sabem que tal como vem sendo o seu timbre, alegará competências exclusivas do Governo e do Partido. Na realidade, nenhuma ação é, em qualquer altura, objeto de uma escolha inicial única, mas é sim constituída por uma continuidade indefinida de opções, ate que o objetivo tenha sido atingido.
Quando se é obrigado a enfrentar uma dificuldade que pode anular o alcance do resultado perspetivado, a necessidade de manter a consistência no objetivo e na ação, ganha especial relevância. Escolha não significa apenas dar a si próprio razoes ou motivos, nem preferir, mas sim canalizar toda vontade, toda a energia, toda a motivação, e todo o foco para um objetivo, isto é, resolver, ou melhor, tentar resolver uma dificuldade, significa também, falando com exatidão, agir. Não se pode chamar escolha a uma simples preferência ou intenção que não desague numa decisão concreta, dando origem uma cadeia de consequências, a qual, por seu turno exige que sejam feitas novas escolha. Assim, um programa político, por exemplo, não passa de um conjunto de preferências, a escolha situa-se noutro plano, e acontece que por vezes, se opor a esse programa.
Não pode igualmente o Presidente da Republica perder de vista que quem foi alvo de escolha do povo por sufrágio direto e universal, foi ele, e não o Primeiro-Ministro, este foi apenas alvo de nomeação mediante concertações politicas ao nível do partido e do parlamento, concertação essa que teve a cobertura e legitimação do Presidente da Republica, mediante alteração das bases que sustentaram essa decisão, uma nova decisão se impõem, gozando o Presidente da Republica de total soberania na sua nova decisão.