domingo, 15 de fevereiro de 2015

LÍBIA: COMO HILLARY CLINTON DERRUBOU KADHAFI

A Líbia está mergulhada numa crise política sem um fim à vista. Esta pode ter mão americana, de acordo com o jornal The Washington Times. O diário americano revela gravações até hoje escondidas, onde é notória a participação da ex-secretária de Estado Hillary Clinton na condução do processo que viria a derrubar Kadhafi do poder.
 
Apesar de as autoridades norte-americanas negarem qualquer tipo de influência, fala-se agora em mais uma «mentira diplomática», depois da alegada destruição de armas em massa, que levou à queda de Saddam Hussein e à ocupação do Iraque. O The Washington Times divulgou também, esta semana, alguns documentos, que comprovam a participação de Hillary Clinton nas negociações com a Líbia, contrastando com a versão oficial de que os EUA nunca estiveram envolvidos na revolta no país.
 
O diário norte-americano vai mais longe e diz que esta situação «não era necessária», já que Kadhafi estava pronto para recuar. De acordo com as gravações secretas recuperadas em Trípoli, em março de 2011 o Pentágono iniciou conversações e abriu canais diplomáticos, ainda sem a participação de Clinton, com o regime líbio, para redobrar os esforços no controlo da crise.
 
Ainda segundo as mesmas gravações, percebe-se que Kadhafi estava disposto a negociar e a abdicar do poder e que mandatou o seu ministério da Defesa para avançar com as negociações de paz. No entanto, enquanto o processo estava em andamento, Hillary Clinton entrou em ação e criou uma máquina de propaganda política para derrubar Kadhafi, tentando convencer o Presidente Obama, a NATO e a ONU de que o líder líbio estava envolvido numa «guerra genocida» e estava pronto para provocar outra crise humanitária, pedindo para se iniciar uma intervenção militar na Líbia.
 
Assim como Saddam foi capturado e enforcado, tendo como consequência um Iraque mergulhado no caos, teme-se agora que a mesma situação tenha sido aplicada na Líbia, que mergulhou também numa enorme crise político e social. Certo é que ambos os líderes caíram, e teme-se que a administração norte-americana tenha mão no assunto. Fonte: Aqui