sexta-feira, 7 de agosto de 2015

ACABOU MESMO!

Quando o Primeiro-ministro da Guiné-Bissau, o Eng.º Domingos Simões Pereira prometeu proferir um comunicado à Nação, esperava-se tudo, excepto o que ele trouxe ao público: um artigo sem substância, que reflete o estado de espírito de um homem profundamente decepcionado com as suas opções, entretanto desprovido de vontade e coragem política para assumir as responsabilidades que sobre ele recaem pela actual situação que presentemente se vive no nosso País.
 
Quando meio Mundo aguardava impacientemente pelo anuncio da sua tão almejada demissão, que significaria o desenlace final do diferendo pessoal e institucional que o opõe ao Presidente da República, proporcionando ao País uma soberana oportunidade de inequívocamente ultrapassar este complicado momento, que em virtude dos expansivos envolventes que vem absorvendo ao longo do tempo, ameaçando escapar ao nosso controlo e despoletar numa turbolência de grandes proporções, eis que o Primeiro-ministro, no seu estilo peculiar, surpreendeu tudo e todos com novas e infundaveis acusações e ameaças ao Presidente da República - Supremo Magistrado da Nação.
 
O Primeiro-ministro da Guiné-Bissau está a deriva, isolado e desprovido de bom senso. Pois só assim se explica o facto de estar a cometer gratuitamente tantos erros – cada passo, cada palavra, cada acto, inconsciente ou premeditadamente produzidos por Domingos Simões Pereira o conduzem ao abismo, como foi o caso deste famigerado comunicado à uma Nação que aguarda ansiosamente pela demissão do seu Governo – O Governo mais corrupto da nossa história.
 
Com este comunicado, Domingos Simões Pereira esgotou todos os recursos plausíveis à construção de um espaço de diálogo frutífero não só com o Presidente da República (por quem ele, inexplicavelmente, nutre um profundo ódio e desprezo), mas também com os detentores dos demais Poderes institucionalizados.
 
Quando Domingos Simões Pereira promete mobilizar todos os mecanismos e dispositivos legais e democráticos para preservar a ordem e evitar a interrupção daquilo que ele chama de “caminhada do país rumo à paz e ao desenvolvimento”, paira no ar a seguinte questão:
 
Ø  Será que Domingos Simões Pereira tem noção da gravidade do seu acto, quando prefere envolver personalidades estrangeiras na resolução de um diferendo interno, em detrimento das valências nacionais?
 
Ø  Será que Domingos Simões Pereira tem consciência que o envolvimento das massas (através do apelo ás manifestações) num conflito pessoal que por falta de diálogo e de vontade política, da sua parte, na busca de entendimentos com o Presidente da República, se alastrou em conflito institucional, é vergonhoso e denota cobardia política e ausência de sentido de Estado?
 
Ø  Será que Domingos Simões Pereira está ciente de que, o facto de estar muito agarrado ao Poder e de se empenhar na obtenção duma envolvência cada vez mais ampla numa questão muito bem reflectida na nossa Constituição e que, de maneira nenhuma significa um Golpe de Estado ou outro tipo de violação das relações institucionais vigentes entre os Órgãos da Soberania, poderá perigar a Paz e a Estabilidade Nacional?
 
No seu comunicado, o Eng.º Domingos Simões Pereira disse tudo o que considera importante para lhe atribuir razão suficiente  para continuar a adiar o País com a sua teimosia e arrogância, mas não disse o essencial:
Que o seu Projecto falhou, porque empolgou-se muito em fazer guerra aos seus supostos adversários, descurando a governação do País;
Que o seu Governo é composto essencialmente de incompetentes que compraram os respectivos lugares e corruptos habituados a uma vida “sem pesos nem medidas”, própria de delinquentes profissionais;
 
Que em virtude do estado tão depauperado em que chegaram as suas relações pessoais e institucionais com o Presidente da República, por ele se ter disponibilizado para defender governantes criminosos, declarando hostilidade ao Poder Judicial, hipotecou a sua carreira política e neste momento deixaram de existir condições para a sua continuidade no cargo de Primeiro-ministro.
 
ACABOU TUDO MESMOÉ desta vez que o Presidente da República vai acatar a vontade do povo que o elegeu e livrar o País deste Governo de PILANTRAS.
APELO: A ORGANIZAÇÃO INTERCONTINENTAL DOS QUADROS GUINEENSES NA DIÁSPORA, vem por este meio apelar à todos os guineenses a não participarem em qualquer manifestação contra o Presidente da República, caso este decida exonerar o Governo, porque é um acto normal na democracia e previsto na nossa Constituição e aplicável, sempre que se torna impossível a coabitação entre o Presidente da República e o Primeiro-ministro.
 
Bem-haja a Guiné-Bissau
Bem-haja o nosso povo