domingo, 2 de agosto de 2015

LÍBIA: PARLAMENTO CONSIDERA NULOS JULGAMENTOS DE EX-DIGNITÁRIOS

 Cairo, Egito (PANA) - A situação nas regiões "confiscadas" na Líbia não permite a organização de julgamentos suscetíveis de prestar uma justiça equitativa e pôr termo à injustiça, considerou a Assembleia dos Representantes líbios (Parlamento) num comunicado citado sexta-feira pela agência egípcia de notícias MENA.

"Os vereditos pronunciados contra 37 cidadãos líbios detidos em prisões fora do controlo do Estado legal e da tutela do Ministério líbio da Justiça do Governo provisório líbio são nulos", considera o comunicado.

O Parlamento advertiu as "milícias armadas" contra as consequências da execução das sentenças, nomeadamente as penas de morte, prometendo perseguir todos os que tentarem prejudicar a vida, os bens e à liberdade dos cidadãos sem garantir julgamentos justos.

O comunicado exorta a ONU e a sua missão na Líbia a desempenhar o seu papel humanitário para impedir a execução destas sentenças até que a justiça do país seja restabelecida para garantir julgamentos justos e transparentes.

Seif al-Islam Kadafi, filho do ex-líder líbio Muamar Kadafi, e outros dignitários do antigo regime, incluindo o último primeiro-ministro, Al-Baghdadi Mahmoudi, e o ex-chefe dos Serviços de Inteligência, Abdallah al-Senoussi, foram condenados à morte terça-feira por um tribunal de Tripoli por crimes e repressão  da revolução de 2011.

O processo envolveu 37 antigos colaboradores do ex-ditador líbio que foram inculpados por crimes e repressão da revolução de 2011 que derrubou Muamar Kadafi.