Toneladas de fertilizantes importados pelos produtores de
algodão e de cerais malianos não estão de acordo com os parâmetros
internacionais de qualidade. E o caso tem contornos políticos, diz a oposição.
De acordo com o portal Jeune Afrique, a classe política maliana e o mundo rural têm vindo a ser agitados, há algumas semanas, por um «folhetim» ligado aos fertilizantes falsificados. Estes não estão de acordo com as normais mundiais em vigor, tendo doses inferiores ao legalmente determinado em termos de nutrientes. A história começa no início do ano, quando Mamadou Sangafowa Coulibaly, ministro marfinense da Cultura, escreveu uma carta a Bokary Tréta, o seu homólogo maliano, na qual avisava o colega de que os fertilizantes que estavam a ser importados pelos seus países «não estão de acordo com os padrões de qualidade». As autoridades malianas fizeram análises, e, no início de abril, divulgaram que 37% das 9 mil toneladas até aí importadas tinham défice de nutrientes. Sendo o total de fertilizantes importado para este época agrícola de cerca de 247 mil toneladas, o caso pode ser bem mais grave. As consequências para a produção de cereais, e sobretudo para a de algodão, vital para a economia maliana, podem ser desastrosas.
A oposição acusa o governo de ter reagido lentamente. Fala de erros e até de negligência do governo. Pede a demissão do ministro e sugere soluções para uma situação que diz ser «muito grave», e que põe em causa a governação do próprio Presidente, Ibrahim Boubacar Keïta. Fonte: Aqui
Se fosse na Guiné-Bissau, na era do governo dos arguidos e foragidos, ninguém seria responsabilizado, a culpa morreria solteira.