sábado, 8 de abril de 2017

ARMAS QUÍMICAS ERAM DOS TERRORISTAS. NÃO HOUVE ATAQUE MAS SIM EXPLOSÃO QUÍMICA

A RESPONSABILIDADE PELO ATAQUE QUÍMICO É DOS TERRORISTAS
A agência oficial de notícias da Síria (SANA) divulgou nesta terça-feira (04.04) um comunicado do comando das Forças Armadas Sírias rejeitando com vigor as acusações de uso de armas químicas na província de Idlib e atribuiu a responsabilidade pela ação criminosa aos militantes terroristas e seus financiadores. O documento reproduzido abaixo pelo BLOG da LBI afirma que os verdadeiros responsáveis pelo ataque químico são os terroristas patrocinados pelas potências imperialistas, a OTAN e das petromonarquias árabes.
“O comando do Exército e as Forças Armadas Sírias negam, de forma categórica, o uso de armas químicas na cidade de Khan Shaykhun, no subúrbio de Idlib. Não houve ‘ataque’ químico, mas sim explosão química. A Força Aérea da Síria destruiu um armazém na província de Idlib, onde o depósito de munição contendo armas químicas estava sendo produzido por militantes terroristas antes de ser entregue ao Iraque. O ataque, que foi lançado no meio-dia de terça-feira, visou um importante depósito de munição rebelde a leste da cidade de Khan Sheikhoun. O armazém foi usado para produzir e armazenar conchas contendo gás tóxico. Os escudos foram entregues a grupos terroristas no Iraque e repetidamente usados. As mesmas munições químicas foram usadas por militantes terroristas em Aleppo, onde especialistas militares tomaram amostras no final de 2016. Os civis de Khan Sheikhoun, que recentemente sofreram um ataque químico, exibiram sintomas idênticos aos das vítimas de ataque químico de Aleppo. O comando do exército nega categoricamente usar qualquer substância química ou tóxica em Khan Shaykhun. Nosso exército nunca os usou (armas químicas), a qualquer hora, em qualquer lugar, e não o fará no futuro. A República Árabe Síria ressalta que essas alegações fabricadas não o impedirão de continuar sua guerra contra terroristas, bem como seus apoiadores e patrocinadores na Arábia Saudita, Turquia, Catar e alguns dos países da UE”


*em Oriente Mídia
Uma análise rápida do ataque à base área da Síria
Antes mesmo do Presidente Trump ter assumido a administração norte americana, as pressões sobre sua aproximação com a Rússia e uma contrariedade de estratégias com o Ministério da Defesa ficaram evidentes. Os aliados americanos como a Turquia, Arábia Saudita, Qatar, França, Alemanha e Inglaterra (mais súditos do que aliados) se manifestaram como órfãos e impotentes perante os acontecimentos na Síria e a consolidação de alianças da Rússia, do Irã, da China em assuntos do Oriente Médio.


Assad Frangieh*


Algumas observações se tornam importante nesta análise:


1.    Os preparativos vieram antes do ataque da base de armas químicas dos militantes da Al-Nusra e ficou nítido o trabalho da orquestra ocidental e da mídia com discursos pré moldados e enganosos para incriminar o Governo da Síria antes mesmo de qualquer investigação.


2.    O aviso aos russos e aos sírios que deu tempo para a evacuação dos aviões e minimizar a perda de soldados, demonstra que os norte-americanos não estão seguros de um confronto maior com a Rússia e sabem que não há como atingir o Exército Sírio sem os envolver. Morreram 6 soldados e 9 vítimas civis entre as quais crianças.


3.    A defesa russa relata uma eficiência de 60% dos misseis americanos e cita 23 lançamentos e não os 59 informados pelo Pentágono. Seu Ministério de Defesa declarou que as perdas reais foram insignificantes.


4.    Segundo os russos e o Governo Sírio, o único resultado do ataque foi elevar o moral dos combatentes que lutam em Palmyra e que exerceram um ataque simultâneo e sem sucesso. Em resposta imediata, a Rússia informou que ampliará seu sistema de defesa contra aviação militar e agora contra mísseis.
De qualquer forma, a reunião do Secretário de Estado Rex Tillerson com os dirigentes russos entre os quais o Presidente Russo marcada para os próximos dias, foi para o espaço. Pelo menos até um novo reposicionamento. Em terra, não houve nenhum desequilíbrio de forças. Os avanços do Exército Sírio devem continuar em direção ao leste sendo que a vitória em Mossul irá canalizar mais forças na luta contra o DAESCH dentro da Síria: na logística e nos recursos humanos.


A Alemanha e a França cutucaram a onça na Ukrânia e acabou com retorno da Crimeia para a Rússia. A Turquia cutucou a onça derrubando um avião e o Erdogan se recolheu e pediu desculpas. Mais recente, Israel cutucou a onça e percebeu que os mísseis da Síria estão liberados e alertados.


Agora os Estados Unidos – parece mais o Pentágono do que a Administração – cutucaram a onça e a resposta russa veio antes mesmo do Governo Sírio. A Guerra na Síria está caminhando a uma solução favorável ao “Eixo de Resistência”. Esse ataque parece apenas uma tentativa de retardar a coroação daquilo que muitos já admitem: a onça é russa. Ficamos de olho. Afinal isso é o Oriente Médio.