OPINIÃO
“PITU DI BAKA PROIBIDO”…
Nancy Germano Schwarz Okeigwe |
Nancy Germano Schwarz Okeigwe, é uma
senhora guineense de 44 anos de idade. Será para já a primeira cidadã a
manifestar o desejo de se candidatar às eleições presidenciais de 2019. A candidatura
é bem-vinda e a iniciativa é também louvável por dois motivos: primeiro, por
ter partido de uma mulher. De certeza teve que vencer inúmeros obstáculos para
tomar esta decisão. Em segundo lugar, porque a atitude em si é um sinal claro
de censura à direcção dos destinos colectivos no nosso país.
Olhando portanto para o outro lado da
moeda, devo confessar que nunca vi a Nancy Okeigwe nem mais gorda nem mais
magra. Quem conhece a senhora Okeigwe, pessoalmente ou através de uma obra que
tenha publicado ou realizado para a Guiné-Bissau?
Acabei de tomar conhecimento sobre a sua
pretensão em candidatar às presidenciais há pouco no blog. “Rispito". Posso
dizer que foi uma surpresa agradável, pelos motivos que já referi
anteriormente. A informação disponibilizada diz-nos que aos 14 anos (1987) a
senhora foi para Cuba, onde permaneceu durante 5 (cinco) anos (até 1992, ano em
que partiu para Portugal). A Nancy Okeigwe disse ter sido criada pela mãe e
avós. Mostra ter começado a participar em actividades cívicas aos 16 anos de
idade. Dois anos portanto, depois de ter chegado a Lisboa, onde veio a se formar
em sociologia pela Universidade Lusófona. A senhora conta que é casada, mas não
cita o nome do seu marido e nem menciona se tem filhos ou não. Descupe a minha santa ignorância, mas estou curioso em
saber a origem do apelido Schwarz (alemão?) e Okeigwe (nigeriano?).
Senhora Okeigwe, ajuda-nos a conhecer-lhe
melhor e também ao seu projecto político. Por outro lado, permita-me que lhe
informe de que o povo guineense jurou não voltar a passar “cheque em branco” a nenhum
candidato político. A foto postada demonstra a beleza das mulheres guineenses. É
muito bonita, mas beleza, como já disse, é o que mais temos. Agora, competência
política, tem sido o nosso drama.
Senhora Okeigwe, é, acima de tudo, fundamental
ter ambição política para dirigir o nosso povo mártir, porque, cá, entre nós –
pondo de lado os preconceitos em termos de género – o poder é masculino. Reconheço
que nada impede que a senhora não venha a conseguir estar à altura. Ai, esqueci-me
de lhe deixar o recado de que não adianta fazer de conta que está num desfile
de moda par se publicitar em vez de encarar a realidade como o figurino
eleitoral manda. Pela sua beleza facial, pacificaria, de facto, todos os ânimos. Seria alegria permanente no Palácio da República, em vez da postura sisuda reinante.
Activismo cívico faz parte da realidade dos movimentos da
sociedade civil e não se pode confundir com propostas para representar uma
comunidade política.
Nababu-Nadjinal