quinta-feira, 23 de julho de 2015

Angola. FLEC/FAC EXIGE A PRISÃO DOS GENERAIS KOPELIPA E ZÉ MARIA


 
A Direcção Política da FLEC/FAC, “requer a imediata prisão” do general Manuel Hélder Vieira Dias Júnior “Kopelipa”, ministro de Estado e chefe da Casa Militar da Presidência da República, e do general António José Maria “Zé Maria” chefe do Serviço de Inteligência e Segurança Militar (SISM) das Forças Armadas Angolanas (FAA), “por crimes contra a humanidade e crimes de guerra cometidos em Cabinda durante os últimos cinco anos.”
 
Eis, na íntegra, o comunicado da FLEC/FAC hoje enviado à nossa Redacção a partir de Paris:
 
“Solicitamos ao Tribunal Federal Penal de Bellinzona (Suíça) de emitir uma prisão internacional, garantimos contra o general Manuel Hélder Vieira Dias Junior “Kopelipa” a sua responsabilidade “como um co-autor ou autor indirecto” de graves crimes cometidos em Cabinda incluindo os assassinatos de quatro comandantes da FLEC/FAC: o Comandante, João Massanga “Homem da Guerra”, comandante Maurício Lubota ‘De Sabata’, comandante João Alberto Gomes ‘Noite e Dia’ e o general Gabriel Nhemba “Pirlampo”.
 
Deixar António José Maria e Manuel Hélder Vieira Dias Júnior em liberdade significa aos olhos de Cabinda que a comunidade internacional, e particularmente Suíça, trabalha em cumplicidade com os criminosos de guerra.
 
A FLEC/FAC, sempre preferiu confiar na legitimidade internacional e o apoio da comunidade internacional a respeito da demanda por seus legítimos direitos.
 
A FLEC/FAC, solicita aos Estados Unidos de América, França, Alemanha, Bélgica, Portugal, Brasil e Espanha para abrir um inquérito criminal preliminar para averiguar o branqueamento de dinheiro e a investigação sobre os “ilícitos” contra esses dois generais, António José Maria e Manuel Hélder Vieira Dias Júnior.
 
Declaramos que a detenção destes dois grandes criminosos do século XXI sem condições seria a fonte de paz em Cabinda. A sua prisão colocará um fim à escalada militar, que actualmente é observada em Cabinda. A questão de Cabinda não vai encontrar nenhuma solução através da violência, mas sim pelo diálogo.
 
Esses dois generais não funcionam para o interesse geral da nação, mas para seus próprios interesses egoístas. E o Presidente José Eduardo Santos vai ter que assumir as suas responsabilidades.”
 
Folha 8 (ao)