Jammeh virou assim uma nova página na história do seu país por ocasião do 21º aniversário da sua ascensão ao poder na Gâmbia.
O Presidente gambiano anunciou na ocasião ter concedido a sua amnistia a todos os encarcerados entre 1994 e 2013 que estavam a cumprir as suas penas na Prisão Central de Mile II, perto da cidade insular de Banjul.
Entre os amnistiados figuram o ex-chefe militar, general Lang Tombong Tamba, e o ex-comandante-geral da Polícia, Essa Badjie, soube a PANA de fonte segura.
O Presidente Jammeh anunciou que serão libertos todos criminosos que já cumpriram 10 anos da sua pena, os traficantes de cocaína que fizeram pelo menos cinco anos na cadeia e delinquentes menores ligados à droga, bem como delinquentes primários.
Para celebrar o fim do mês abençoado do Ramadão, o líder gambiano indultou 87 outros reclusos.
Porém a graça do Presidente Jammeh não é extensiva a dois homens condenados por assassinato das suas esposas, a criminosos recidivistas, pedófilos e um gangue que matou um cidadão britânico.
O Presidente gambiano ordenou o repatriamento imediato de todos os estrangeiros detidos e que todos reclusos amnistiados sejam libertos até sexta-feira 24 de julho de 2015 antes do meio-dia.
A 22 de julho de 1994, um grupo de jovens oficiais do Exército Nacional Gambiano tomou o poder derrubando o então Presidente da República, Dawda Jawara, na sequência dum golpe de Estado militar.
A intentona, sem resistência, permitiu-lhes tomarem o controlo dos principais edifícios públicos de Banju, sem contudo derramar sangue, indica-se.
Os golpistas identificaram-se como Conselho Militar Provisório (AFPRC, sigla em inglês), com à sua frente Yahya Jammeh, na altura com 29 anos de idade.
O novo Governo de Jammeh justificava o seu golpe de Estado pela corrupção e pela ausência de democracia sob o regime de Jawara, bem como pelos baixos salários do Exército, péssimas condições de vida e falta de perspetivas de carreira.