Primeiro-ministro classifica de "infelizes" o discurso de Ivone Soares.
A bancada parlamentar da Renamo reivindicou nesta quinta-feira, 30, na Assembleia da República o direito do seu partido de continuar armado em nome da defesa dos seus propósitos.
Ao falar no encerramento da primeira sessão da Assembleia da República, a chefe da bancada da Renamo, Ivone Soares(Foto), disse que não há entidade alguma capaz de forçar o seu desarmamento pela via da força.
“Quem é esse que vai ter força para desarmar a Renamo sem diálogo?” questionou Ivone Soares, Chefe da bancada parlamentar do maior partido político da oposição moçambicana.
Segundo Soares, apenas um diálogo sério e franco, que leve à satisfação das suas reivindicações.
“A Resistência Nacional Moçambicana tem um propósito neste país e o propósito é claro: garantir que os moçambicanos possam ser bem servidos porque o merecem, porque se trata dum povo que já consentiu imensos sacrifícios”, disse a deputada, perante uma plateia composta por deputados das três bancadas, membros do governo e alguns embaixadores em Maputo.
“O que nós queremos é que o Exército seja estatal, que a Polícia seja estatal, e que não esteja a servir a um grupinho de pessoas que há quarenta anos nada fazem, nada fizeram, apenas enganam as populações”, acrescentou.
Ivone Soares falou ainda do projecto das Autarquias Provinciais, garantindo que a Renamo não descansar enquanto não tiver a vitória nas mãos.
O primeiro-ministro Carlos Agostinho do Rosário que acompanhou as declarações da deputada, classificou-as de "infelizes".
“Os partidos políticos não podem fazer política com uma mão e com a outra terem armas para chantagear o Estado e o povo”, respondeu Rosário, apelando a oposição, para se desarmar. Voz da América