sábado, 25 de julho de 2015

EDITORIAL: EFEITO DE BOOMERANG DA VISÃO “TERRA RANKA” NO GOVERNO DE SIMÕES PEREIRA

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Ao produzir a Visão Política Terra Ranka, o governo do Engenheiro Domingos Simões Pereira, esqueceu-se do efeito de Boomerang que poderia ter no seu próprio governo. Na verdade uma boa parte das categorias socio-profissionais do nosso país abraçaram com dentes e unhas o conteúdo real desta bem conseguida visão estratégica de Marketing Político, e estão hoje empenhados em transformá-la numa realidade no exercício das suas atividades profissionais.
 
A visão política Terra Ranka conseguiu vender-se, contornando a era das incertezas dos governos de transições caraterizados por modelos de governação decadentes e fora da visão da sociologia política e de poder de Estado. Aliás, o zé-povinho de Bandim não deseja mais viver a infinita sinfonia deste velório que caraterizou o martezizado percurso guineense no exercício de “Demos Cracia”.
 
Pela amarga experiência, através de sucessivos golpes de Estados que fustigaram há décadas as almas intelectuais da nossa sociedade, levam os guineenses a não quererem que a Terra Ranka seja, apenas, uma mera visão da campanha eleitoralista da Mesa Redonda ou de uma festinha de um grupinho de pessoas nas ruas de Bruxelas ou de discursos políticos semiose no Parlamento Europeu e na Sede das Nações Unidas em Nova Iorque.
 
Esse dejeso, legítimo, implica que cada guineense esteja onde estiver, seja qual for o tipo de trabalho que faz, deve contribuir na materialização da Terra Ranka, bem como criticar e sancionar os eventuais desvios desta visão estratégica.
 
Com a visão política Terra Ranka os cidadãos guineenses almejam ver técnica e moralmente competentes e ‘limpos de indícios de justiça’ seus administradores de Bem Público, para ser coerente na velocidade que se quer imprimir nesta Visão do Jovem Engenheiro de Farim .
 
Governar é como cuidar de um doente. Um doente tem que tomar remédios. E líder de um governo tem que tomar decisões. É o que Engenheiro Domingos Simões Pereira precisa fazer já e agora no seu elenco governamental antes que alguém o venha esbarrar manteiga de lixo que corre atualmente em abundância no espaço político nacional. Por outro lado, é bom que o Primeiro-ministro compreenda que o envolvimento dos membros do seu governo com a justiça nacional é pura e simplesmente o efeito de Boomerang da sua visão política da Terra Ranka.
 
Convenhamos que o Ministério Público não tenha “outras pretensões” a não ser a de cumprir com a visão política da Terra Ranka na Justiça Nacional. Se o Primeiro-ministro não tivesse disseminado esta nova “visão política do desenvolvimento” Terra Ranka, o seu governo seria similar a qualquer um dos governos de transições caracterizados por incertezas da visão política de governação do país. Se assim for, na visão política Terra Ranka do Ministério Público não existe ainda redes fininhos para pescar peixes miúdos. A sua rede de pesca é grossa para acabar com práticas de impunidade que não dignificam a própria visão da Terra Ranka do Engenheiro Domingos Simões Pereira.
 
Afinal, o Ministério Público é quem  estaria a fazer a devida campanha de boa imagem do país com sua interpretação da visão política da Terra Ranka, concebida pelo Primeiro-ministro?
 
António Nhaga
Diretor-Geral/Editor