sexta-feira, 17 de julho de 2015

"DURA LEX, SED LEX"

 
Olá Doka internacional, combatente di povo, concordo plenamente com este princípio. Li muita coisa e li, também, a pertinente abordagem publicada no editorial do jornal O Democrata. Pois, nós, guineenses somos como aquela expressão: "gato escaldado...". Temos, de facto, toda a liberdade de duvidar de muita coisa. Mas, desculpem-me que vos diga o seguinte:  qualquer sinal de justiça hoje na nossa terra, por mais insignificante que seja, ela é bem-vinda. E é como disseste Doka Internacional, citando Nuno Grilo, I J garandi ku tchiga Bissau! É verdade que a paz é fruto da justiça, como o Doka tem vindo, também, a sublinhar.  
Outra coisa, irmão: de acordo com o parágrafo que acabaste de editar, reparo que, desde o início da operação "Lion di Pexice", que envolvia o Secretário de Estado da Cooperação e das Comunidades, Idelfrides Gomes Fernandes, o governante, até hoje, não se demitiu, não foi demitido e nenhum membro de Governo chefiado por Domingos Simões Pereira - tendo em conta a gravidade das acusações a que podem ter sido sujeitos associadas às exigências da ordem moral e ética - chegou a ser demitido. Portanto, o que temos assistido por parte do Governo e do seu chefe são sucessivos ataques contra um dos três pilares da estrutura do Estado, o Poder Judiciário. Podemos não gostar, mas a conclusão que se pode chegar é a seguinte: na Guiné-Bissau existe um Estado dentro do Estado, senão os governantes já teriam sido demitidos. Acordem, a máfia atingiu o nosso aparelho do Estado!