O Mauro Vieira tem toda razão, os gangues angolanos do MPLA e descendentes do Estado Novo(Salazaristas), querem transformar a CPLP num instrumento de neocolonialismo.
O objetivo não é transformar a CPLP numa instituição, numa organização que seja comercial e económica», assegurou Mauro Vieira .
O Brasil quer aproveitar a presidência rotativa da CPLP, que assume em 2016, para recordar os objetivos dos fundadores da organização, valorizando em particular a língua comum partilhada, disse o ministro das Relações Exteriores brasileiro.
Mauro Vieira falava à Lusa depois da XX reunião do Conselho de Ministros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que decorreu em Díli e durante a qual o Brasil se ofereceu «como sede da próxima cimeira» de 2016, assumindo a presidência nos dois anos seguintes.
«O nosso grande interesse é fazer da CPLP o que os fundadores pensaram na origem: é uma organização que tem em comum a língua, o idioma que partilhamos», afirmou, em curtas declarações no final do encontro.
«Somos países de quatro continentes diferentes, mas acreditamos que a língua, o idioma, cria um elemento de união, inclusive psicológica e não só cultural, e queremos fazer valorizar esse objetivo inicial, podendo expandi-lo a outras áreas», disse ainda.
O encontro de Díli debateu a nova visão estratégia da CPLP com vários países, incluindo os anfitriões, Timor-Leste, a defenderem uma agenda económica mais intensa, com esforços para fortalecer a capacidade da organização lusófona em incentivar a agenda de desenvolvimento dos seus Estados-membros.
Sobre esta questão, Mauro Vieira disse que o envolvimento do setor empresarial e do resto da sociedade civil deve ser sempre «consultivo», sem que essas contribuições condicionem o propósito da organização. «O objetivo não é transformar a CPLP numa instituição, numa organização que seja comercial e económica. Ao contrário. Eu acho que é um espaço de concertação, um espaço de criação de consensos políticos e de cooperação», disse. «E podemos ouvir e receber sugestões de diversas áreas e setores, do setor empresarial e da sociedade civil, mas sempre como contribuições», considerou.
Integram a CPLP Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor-Leste. Fonte: Aqui