“A África está em movimento", afirmou neste sábado (25) Barack Obama, em seu primeiro dia de visita ao Quênia, terra natal de seu pai. O presidente dos Estados Unidos fez a declaração elogiando o espírito empresarial africano durante um fórum econômico em Nairóbi, na manhã de hoje. Após um encontro com o presidente queniano Uhuru Kenyatta, Obama pediu igualdade de direitos para os homossexuais e criticou a polêmica eleição presidencial no Burundi.
Essa primeira viagem de Obama ao Quênia desde que se tornou presidente, acontece sob forte esquema de segurança e é dominada por questões econômicas e pela luta contra o terrorismo. O presidente norte-americano disse hoje na abertura da reunião internacional de empresários em Nairóbi que quis visitar o continente porque a “África é uma das regiões que cresce mais rapidamente no mundo". "As pessoas saem da pobreza, a renda aumenta, a classe média cresce e os jovens, como vocês, exploram as tecnologias para mudar a maneira como a África faz negócios", acrescentou o presidente norte-americano.
Desde a chegada de Obama, na noite de sexta-feira (24), a capital queniana está sob forte esquema de segurança, incluindo o fechamento do espaço aéreo nacional durante o pouso e a decolagem do Air Force One, o avião presidencial americano. A principal ameaça é a do grupo radical islâmico Al-Shebab, filiado à Al-Qaeda e originário da Somália. O Al-Shebab foi o responsável pelo tiroteio no centro comercial Westgate de Nairóbi, que deixou 67 mortos em 2013, ou pelo massacre de 148 pessoas na Universidade de Garissa, no nordeste do país, em abril passado.
Luta contra o terrorismo
A luta contra o terrorismo será um dos principais temas das reuniões entre Obama e o presidente queniano, Uhuru Kenyatta. Em um primeiro encontro bilateral neste sábado, Kanyatta disse que a insegurança é um dos principais problemas do país e que o Quênia precisa de parceiros para combatê-lo.
Durante sua estada no país, que se encerra no domingo (26), quando irá à Etiópia, o Obama planeja vai visitar o monumento em memória das vítimas do atentado da Al-Qaeda contra a embaixada americana em Nairóbi de 1998, que deixou 224 mortos.
Os Estados Unidos são um importante sócio do Quênia em matéria de segurança. As tropas do Quênia participam da missão da União Africana na Somália (Amisom), onde os drones americanos realizam bombardeios regularmente.
Igualdade de direitos aos homossexuais
Após a reunião com o presidente queniano, Obama concedeu uma entrevista e pediu igualdade de direitos para os homossexuais na África. No domingo, ele planeja se reunir com membros da sociedade civil, que lamentam as crescentes restrições às liberdades no país.
Na coletiva, Obama também denunciou a eleição presidencial no Burundi. Segundo o presidente americano, a votação que concedeu um polêmico terceiro mandato ao presidente Pierre Nkurunziza, não foi confiável.
Ele e Uhuru Kenyatta fazem um apelo “ao governo e à oposição do Burundi para que se reúnam e encontrem uma saída política para a crise que evite a perda de mais vidas inocentes".
Sobre os extremistas do Al-Shebab, Obama avalia que eles estão enfraquecidos no leste da África, mas que eles continuam presentes na região e ainda representam um risco.
Jantar em família
Ao chegar na noite de sexta-feira (24), Obama foi recebido por Kenyatta e por sua meia-irmã, Auma Obama, que subiu com ele na limousine presidencial ultraprotegida que os levou a um hotel do centro da cidade para um jantar com seus familiares do Quênia. O país vive uma espécie de "Obamamania". Uma multidão foi às ruas na noite de ontem acompanha a passagem do veículo que transportava o presidente americano.
A visita está na primeira página de vários jornais deste sábado. O jornal The Standard estampa na capa uma foto de Obama acenando ao chegar ao aeroporto com a manchete "Quênia, aqui estou". Por sua vez, The Star selecionou várias fotografias dos primeiros momentos do presidente americano no país. Daily Nation fala do "momento Obama", convocando os quenianos em seu editorial a se inspirar no presidente e aproveitar "as oportunidades sem limites que nos são apresentadas como indivíduos e como nação".
Essa é a primeira vez em que um presidente americano em exercício visita o Quênia. A viagem de Obama, nascido no Havaí de uma mãe americana e um pai queniano, havia sido dificultada até agora pela acusação do presidente Kenyatta pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por seu suposto envolvimento na violência pós-eleitoral no fim de 2007. As investigações foram abandonadas em dezembro por falta de provas.
RFI, (com informações da AFP)
Desde a chegada de Obama, na noite de sexta-feira (24), a capital queniana está sob forte esquema de segurança, incluindo o fechamento do espaço aéreo nacional durante o pouso e a decolagem do Air Force One, o avião presidencial americano. A principal ameaça é a do grupo radical islâmico Al-Shebab, filiado à Al-Qaeda e originário da Somália. O Al-Shebab foi o responsável pelo tiroteio no centro comercial Westgate de Nairóbi, que deixou 67 mortos em 2013, ou pelo massacre de 148 pessoas na Universidade de Garissa, no nordeste do país, em abril passado.
Luta contra o terrorismo
A luta contra o terrorismo será um dos principais temas das reuniões entre Obama e o presidente queniano, Uhuru Kenyatta. Em um primeiro encontro bilateral neste sábado, Kanyatta disse que a insegurança é um dos principais problemas do país e que o Quênia precisa de parceiros para combatê-lo.
Durante sua estada no país, que se encerra no domingo (26), quando irá à Etiópia, o Obama planeja vai visitar o monumento em memória das vítimas do atentado da Al-Qaeda contra a embaixada americana em Nairóbi de 1998, que deixou 224 mortos.
Os Estados Unidos são um importante sócio do Quênia em matéria de segurança. As tropas do Quênia participam da missão da União Africana na Somália (Amisom), onde os drones americanos realizam bombardeios regularmente.
Igualdade de direitos aos homossexuais
Após a reunião com o presidente queniano, Obama concedeu uma entrevista e pediu igualdade de direitos para os homossexuais na África. No domingo, ele planeja se reunir com membros da sociedade civil, que lamentam as crescentes restrições às liberdades no país.
Na coletiva, Obama também denunciou a eleição presidencial no Burundi. Segundo o presidente americano, a votação que concedeu um polêmico terceiro mandato ao presidente Pierre Nkurunziza, não foi confiável.
Ele e Uhuru Kenyatta fazem um apelo “ao governo e à oposição do Burundi para que se reúnam e encontrem uma saída política para a crise que evite a perda de mais vidas inocentes".
Sobre os extremistas do Al-Shebab, Obama avalia que eles estão enfraquecidos no leste da África, mas que eles continuam presentes na região e ainda representam um risco.
Jantar em família
Ao chegar na noite de sexta-feira (24), Obama foi recebido por Kenyatta e por sua meia-irmã, Auma Obama, que subiu com ele na limousine presidencial ultraprotegida que os levou a um hotel do centro da cidade para um jantar com seus familiares do Quênia. O país vive uma espécie de "Obamamania". Uma multidão foi às ruas na noite de ontem acompanha a passagem do veículo que transportava o presidente americano.
A visita está na primeira página de vários jornais deste sábado. O jornal The Standard estampa na capa uma foto de Obama acenando ao chegar ao aeroporto com a manchete "Quênia, aqui estou". Por sua vez, The Star selecionou várias fotografias dos primeiros momentos do presidente americano no país. Daily Nation fala do "momento Obama", convocando os quenianos em seu editorial a se inspirar no presidente e aproveitar "as oportunidades sem limites que nos são apresentadas como indivíduos e como nação".
Essa é a primeira vez em que um presidente americano em exercício visita o Quênia. A viagem de Obama, nascido no Havaí de uma mãe americana e um pai queniano, havia sido dificultada até agora pela acusação do presidente Kenyatta pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por seu suposto envolvimento na violência pós-eleitoral no fim de 2007. As investigações foram abandonadas em dezembro por falta de provas.
RFI, (com informações da AFP)