Bissau, 28 Jul 15 (ANG) - O Governo da Guiné-Bissau pretende transformar a empresa Guiné-Telecom numa empresa gestora das infraestruturas de telecomunicações do país com a finalidade de lhe tornar mais rentável.
A informação foi avançada segunda-feira pelo Secretário de Estado dos Transportes e Comunicações que falava perante deputados na Assembleia Nacional Popular no âmbito de uma interpelação parlamentar de que foi alvo.
João Bernardo Vieira explicou que o assunto vai ser levado ao Conselho de Ministros e que prevê-se a separação das empresas Guiné Telecom(rede fixa) da Guinetel (rede móvel), visando uma melhor rentabilização das mesmas.
“No que diz respeito a Guinetel vamos procurar um investidor estrangeiro para negociar as acções da empresa com finalidade de fazer-lhe entrar e competir no mercado com as outras operadoras de rede móvel”, explicou João Vieira.
Acrescentou que mais de metade dos trabalhadores que tinham sido dispensados em 2011 por falta de meios para continuarem a trabalhar na empresa voltaram ao activo em 2013 o que obviamente contribuiu para o aumento das dívidas internas.
Por outro lado, referiu que a Guiné-Bissau é o único país da sub-região que até então não esta ligada ao cabo submarino de telecomunicações , acrescentado que a partir de Setembro será iniciada o trabalho de implementação de um projecto para mudar essa situação.
“Queremos rentabilizar a empresa Guiné-Telecom para passar e gerir todas as infraestruturas de telecomunicações inclusive as fibras ópticas e cabos submarinos”, disse o Secretario de Estado dos Transportes e Comunicações.
As duas empresas se encontram em falência técnica já há vários anos. Os seus trabalhadores apontam a má gestão e falta de vontade do governo como estando na origem da situação de inoperacionalidade em que as duas empresas se encontram.
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