sexta-feira, 7 de agosto de 2015

EMPRESA AUSTRALIANA PAGA A JOVENS AFRICANOS PARA APRENDEREM PROGRAMAÇÃO

Jeremy Johnson criou a Andela, uma startup australiana que quer fazer a diferença no continente africano.
 
A Andela, explica o portal Infomoney, consiste num programa que seleciona os melhores estudantes e programadores de África. Treina-os e oferece-lhes empregos em empresas como a Microsoft.
 
Em entrevista ao Business Insider, Johnson explicou que ali se combina «uma improvável fonte de talento com um novo modelo de educação. Estamos a aumentar a atenção do consumidor e das empresas, e ninguém dispensa os nossos parceiros. É atípico, até».
 
Este é sem dúvida uma dos programas de seleção em África mais rigorosos. É composto por uma série de testes de aptidão, e, posteriormente, por um programa de formação de seis meses. Apenas maiores de 18 anos podem concorrer.
 
Os estudantes são pagos para aprender, e recebem um salário que os coloca, por exemplo, entre os 5% que mais ganham na Nigéria. Ao mesmo tempo, sai mais barato às empresas contratar estudantes do que outros candidatos. À medida que as aptidões dos candidatos vão melhorando, o salário aumenta, e, quando se formam, a Andela ajuda-os a criarem sua própria empresa ou consegue-lhes emprego em grandes empresas.
 
Até hoje, esta startup já recebeu cerca de 16 mil candadaturas. Para mentores, contratam os melhores desenvolvedores do mundo, que já passaram por empresas como a Google ou a Microsoft. «Desde que encontrámos empresas geniais de software que vão contratar os nossos estudantes, não aceitamos ninguém que não se encaixe nesse padrão», disse Johnson. «Existe a ideia de que as pessoas em África não têm acesso à internet, e isso não é verdade. A maior parte dos jovens na Nigéria, por exemplo, têm smartphones, e existe uma ampla conectividade ao media sociais».
 
Recentemente, a Andela recebeu um novo e muito extenso financiamento, comandado por uma venture capital da Spark Capital, da LearnCapital e da Omidyar Network. Por agora, o plano de Johnson é, durante a próxima década, treinar mais de 100 mil desenvolvedores em África. «E também queremos aumentar a capacidade e expandir-nos para outras áreas», revelou. Fonte: Aqui