quinta-feira, 6 de agosto de 2015

GUINÉ-BISSAU: DEPUTADO ACUSA PR DE SE GUIAR POR "MISTICISMO" PARA DEMITIR GOVERNO

Resultado de imagem para vitor mandinga
Se este bandido e traficante tivesse um pouco de decência não teria dito o que disse. De recordar que quando era ministro das finanças, 674 quilos de cocaína pura desapareceram dos cofres do Tesouro Público, onde tinham sido guardados após uma apreensão da Polícia Judiciária (ver noticia).
 
Bissau - O deputado e ex-ministro das Finanças guineense, Vítor Mandinga, acusou nesta quinta-feira o Presidente da República, José Mário Vaz, de se guiar por misticismo para sustentar a sua intenção de demitir o primeiro-ministro.
 
De acordo com o parlamentar, eleito pelo Partido da Convergência Democrática (PCD), o chefe de Estado guineense "parece guiar-se pelo misticismo" a partir "das orientações que recebe das divindades" na sua aldeia natal, em Calequisse.
 
"Esse misticismo, esse obscurantismo é do domínio público. Pergunte às pessoas que lhe acompanham [o Presidente] a Calequisse e vão-lhe dizer", disse ainda Vítor Mandinga perante os deputados, num debate de urgência da Assembleia Nacional Popular (ANP).
 
O debate foi agendado face à possibilidade de o Presidente da República derrubar o Governo, sem apoios políticos, nem justificação plausível, intenção denunciada na quarta-feira pelo presidente do Parlamento, após reunião com o chefe de Estado.
 
"É uma vergonha nacional o misticismo, o obscurantismo que nos tem dado a conhecer pelas suas cerimónias (...) e se derrubar este Governo, ele também será derrubado na rua pelo povo e vamos às eleições gerais", afirmou Vítor Mandinga.
 
O Presidente guineense costuma passar os fins-de-semana em Calequisse, no nordeste da Guiné-Bissau.
 
Para o antigo ministro das Finanças guineense a alegada crise de que se fala resume-se a divergências pessoais entre o Presidente e o primeiro-ministro, mas com "mais responsabilidades da parte" de José Mário Vaz.
 
"Estou em crer, pelos dados que tenho tido em observação, que tem sido mais da parte do Presidente da República, devido à forma às vezes pouco cordial de receber o primeiro-ministro", defendeu Vítor Mandinga.
 
De acordo com este deputado, Vaz costuma fazer aguardar o primeiro-ministro "duas, três, quatro horas" para o receber em audiência.
 
"Se o Presidente está numa postura de homem com um bocado de dificuldade de relacionamento, não pode de modo algum trazer para os problemas do Estado assuntos de natureza pessoal", sublinhou Vítor Mandinga.
 
O deputado acusou ainda o Presidente guineense de querer "impingir nomes" ao primeiro-ministro para o próximo Governo a ser formado por Domingos Simões Pereira.
 
Na sua qualidade de membro do Conselho de Estado (órgão de consulta do presidente), Vítor Mandinga prometeu dizer tudo isso a José Mário Vaz no encontro por este convocado para esta quinta-feira. Fonte: Aqui