O IMPOSTOR-MOR
Cipriano Cassamá aos microfones do Repórter RTP-África, com
lágrimas de crocodilo, pediu, ontem, ao povo perdão por o
Governo de Domingos Simões Pereira ter sido derrubado, berrando: “ Povo da
Guiné-Bissau, desculpem, perdoem-nos por, mais uma vez, não termos conseguido
ter um governo que terminasse o seu mandato”. Mas, depois, já vem dizer, hoje, que "Ninguém conhece o Cipriano neste país como mentiroso". Pois, é verdade, não conhecíamos, mas agora passamos a conhecer.
As declarações
públicas de Cipriano Cassamá foi a "gota de água". Como explicou o Presidente da
República na sua comunicação à nação, “teve como resultado o início de uma escalada de excesso de linguagem
contra a pessoa, a dignidade, a honra e a reputação do Presidente da República".
O Presidente da República descreveu a blasfemação da nação guineense de seguinte forma: “(…) o Presidente da ANP, enquanto “homem de Estado”, entendeu que o melhor serviço que poderia prestar à Nação, ao Estado guineense e às suas instituições, era quebrar o dever de sigilo e reserva que a função lhe impõe e decide revelar e adulterar aos Deputados o conteúdo e espírito da conversa mantida com o Chefe de Estado, nos microfones da rádio e nos ecrãs de televisão.”
(…)
A conduta do Presidente da Assembleia Nacional Popular é de uma
irresponsabilidade sem precedentes na história da nossa democracia e das
instituições do Estado, que nem uma inconfessável agenda política de me levar a
demitir o governo e provocarem/instigarem um caos social forçando eleições
presidenciais antecipadas, assegurando o Presidente da ANP a Presidência
interina do Estado, consegue explicar (…)”.